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A manifestação realizada neste sábado (7) na Avenida Paulista, em São Paulo, foi repercutida pela mídia internacional, com agências de notícias como a Associated Press (AP) e a France-Presse (AFP), bem como o jornal americano The Wall Street Journal, noticiando a mobilização de milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que estavam no local defendendo o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

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O Wall Street Journal também seguiu na mesma linha das agências, citando a quantidade de pessoas que compareceram ao ato e as pautas que estavam sendo defendidas.
“Dezenas de milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro tomaram as ruas da maior cidade do Brasil nesta sábado, no Dia da Independência do país, para se manifestar contra o governo e contra a decisão do Supremo Tribunal Federal de banir a plataforma de mídia social X, de Elon Musk”, disse o jornal americano.

“Vários políticos conservadores se juntaram à manifestação, muitos acusando o tribunal de tentar censurar a oposição de direita antes das eleições municipais de 6 de outubro, quando os eleitores escolherão prefeitos e representantes locais em milhares de cidades”, acrescentou.

O Wall Street Journal conversou com pessoas que participaram do ato em São Paulo, que denunciaram ao veículo a avanço da censura no Brasil. Segundo o jornal americano, a suspensão do X dividiu o Brasil e colocou o país “no centro de um crescente debate global sobre a regulamentação das redes sociais”.

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A Al Jazeera, agência de notícias do Catar, também veiculou uma notícia sobre o ato em São Paulo. Sob o título de “Ex-presidente brasileiro Bolsonaro lidera manifestação em defesa da ‘liberdade de expressão’ em São Paulo”, a publicação da agência citou que “Jair Bolsonaro reuniu milhares de manifestantes no centro de São Paulo para protestar contra a proibição da plataforma de redes sociais X no país”. A Al Jazeera também afirmou que “em seu discurso, Bolsonaro atacou um dos principais responsáveis pela proibição do X: o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes”.

Na quarta-feira (5), O Washington Post, através de um editorial, defendeu Musk em sua disputa contra Alexandre de Moraes. Segundo o jornal americano, a decisão do ministro do STF de suspender as atividades da X no Brasil representou um ataque à liberdade de expressão global.

“O CEO bilionário da Tesla e da SpaceX está correto quando diz que a decisão de um jurista brasileiro de proibir unilateralmente o X de operar no país é um ataque à liberdade de expressão na internet ao redor do mundo“, destacou o editorial do Post, que também criticou as medidas sigilosas tomadas por Moraes, muitas vezes sem justificativa adequada.

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“A campanha do Sr. Moraes teve um custo substancial para a liberdade de expressão – com mandados para remoções e até mesmo mandados de prisão, muitas vezes emitidos em segredo e com escasso raciocínio para apoiá-los”, disse o Post.

Um dos pontos destacados na opinião crítica do Post com a suspensão o X no Brasil foi o congelamento de ativos da Starlink, fornecedora de internet criada por Musk, com a finalidade de arcar com o pagamento de multas impostas pelo ministro à rede social. Segundo o jornal, “essa medida alinha o Brasil não com o mundo livre”, mas com ditaduras como China e Rússia.

A AP, que teve sua matéria veiculada pelo jornal americano The Washington Post, citou a alta adesão ao ato realizado na capital paulista e o apoio dos manifestantes ao bilionário Elon Musk, dono do X, que foi suspenso no Brasil após não acatar ordens que considera como ilegais de Moraes.

“Apoiadores do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro começaram a lotar a principal avenida de São Paulo para uma manifestação no Dia da Independência neste sábado, impulsionados pelo bloqueio da plataforma X, do bilionário Elon Musk, pelo governo, uma proibição que eles afirmam ser a prova de sua perseguição política”, disse a AP.

“Alguns milhares de manifestantes, vestidos com as cores verde e amarelo da bandeira do Brasil, lotaram a Avenida Paulista. Referências à proibição do X e imagens de Musk estavam por toda parte. ‘Obrigado por defender nossa liberdade’, dizia um cartaz elogiando o empreendedor de tecnologia”, citou a agência americana.

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A AP considerou em sua publicação que a mobilização deste sábado foi “um teste da capacidade de Bolsonaro de mobilizar apoio antes das eleições municipais de outubro, embora o tribunal eleitoral do Brasil o tenha impedido de concorrer a cargos públicos até 2030” e também que “é algo como um referendo sobre o X, cuja suspensão tem causado apreensão até mesmo entre alguns opositores de Bolsonaro”.

Por sua vez, a matéria da AFP, que foi veiculada por diversos sites de notícias da Ásia, Europa e América do Norte, onde o conteúdo foi publicado por vários portais de notícias nos EUA, inclusive portais vinculados à emissoras afiliadas à NBC, citou que “liderados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, a direita política do Brasil se reuniu neste sábado em uma manifestação em São Paulo, a maior cidade da América Latina, em meio a uma disputa sobre liberdade de expressão que resultou na suspensão do X, sua plataforma social preferida, no país”.

A agência também falou sobre os desfiles da Independência realizados em Brasília, onde “Lula — com Moraes sentado perto dele na bancada oficial — presidiu um desfile com 30 atletas militares que competiram nos Jogos Olímpicos de Paris”.


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