Um grande incêndio ocorrido nesta quinta-feira (20) no pavilhões mais importante da COP30, em Belém, chamou atenção da imprensa internacional e levantou preocupações sobre a segurança e a infraestrutura do evento climático da ONU. O incidente forçou a evacuação imediata da área e foi descrito pelo jornal britânico The Telegraph como um momento em que a conferência foi “mergulhada no caos”.
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Testemunhos e reação internacional
O enviado italiano para o clima, Francesco Corvaro, relatou que estava em uma reunião no pavilhão da Itália, próximo ao local do incêndio, quando viu pessoas correndo. “Pensei que talvez Lula estivesse chegando. Então vi o fogo. Ele se espalhou muito, muito rápido pelo corredor até o teto”, afirmou.
Além do The Telegraph, veículos como Politico, Reuters, Clarín e EFE destacaram o episódio e outros problemas enfrentados pela COP30, como protestos e interrupções nas negociações.
Problemas logísticos e críticas à infraestrutura
Segundo o Clarín e a agência EFE, os meses que antecederam a COP30 foram marcados por sérios desafios logísticos em Belém, incluindo falta de infraestrutura adequada e altos custos de hospedagem. A ONU chegou a enviar uma carta à Presidência brasileira solicitando reforço na segurança após protestos indígenas e reclamando de falhas no local das negociações. Como água. drenagem, climatização de ambiente, entre outros.
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O incêndio ocorre em um momento crucial para as discussões climáticas globais, colocando em xeque a capacidade do Brasil de sediar eventos de grande porte com segurança e eficiência. A repercussão internacional pode influenciar futuras decisões sobre investimentos e parcerias ambientais.
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O incêndio que atingiu um dos pavilhões da COP30 nesta quinta-feira (20) em Belém escancarou uma contradição que há tempos incomoda especialistas e cidadãos: como justificar os bilhões investidos em um evento internacional quando a estrutura básica falha?
A conferência climática da ONU, que reúne líderes globais, cientistas e ativistas para discutir o futuro do planeta, deveria ser exemplo de organização, segurança e eficiência. No entanto, o episódio do incêndio — que levou à evacuação de áreas importantes e gerou repercussão internacional — expôs falhas logísticas que já vinham sendo apontadas desde os preparativos.
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Infraestrutura frágil em meio a cifras astronômicas
Segundo veículos como Clarín e EFE, Belém enfrentou sérios problemas logísticos nos meses que antecederam a COP30, incluindo falta de infraestrutura adequada e preços abusivos de hospedagem. A própria ONU enviou uma carta ao governo brasileiro reclamando das condições do local e pedindo reforço na segurança após protestos indígenas.
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Esses fatos contrastam com os altos valores movimentados pelo evento: investimentos públicos e privados, gastos com segurança, tecnologia, transporte e acomodações. A pergunta que ecoa é simples e incômoda: onde está o retorno real desse dinheiro?
O fogo como metáfora da urgência
O incêndio não deixou vítimas, mas deixou marcas. Ele se tornou símbolo da urgência em repensar como o Brasil sob Lula organiza eventos que tratam de temas tão cruciais como a crise climática. A precariedade da estrutura não é apenas um problema técnico: é um reflexo da desconexão entre discurso e prática.
Enquanto líderes debatem metas de carbono e fundos bilionários para preservação ambiental, a base física do encontro desmorona. E isso levanta uma questão ainda mais profunda: será que o Brasil não está apenas encenando um espetáculo caro e frágil?



















