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A confiança do empresário industrial em abril caiu em 21 dos 29 setores considerados pelo Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), divulgado nesta quarta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Segundo a pesquisa, em oito desses setores houve transição de confiança para falta de confiança: máquinas e equipamentos (49,8 pontos); serviços especializados para a construção (49,8 pontos); impressão e reprodução (49,7 pontos); produtos de material plástico (49,5 pontos); couros e artefatos de couro (49,3 pontos); produtos de borracha (49,0 pontos); perfumaria, limpeza e higiene pessoal (48,2 pontos); e móveis (47,8 pontos).

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Outros dois setores fizeram a transição contrária, em abril, de falta de confiança para confiança: Biocombustíveis (55,9 pontos) e Equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos (52,2 pontos).

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O Icei varia de zero a 100 pontos, sendo que valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário e quanto mais acima de 50 pontos, maior e mais disseminada é a confiança. Já valores abaixo de 50 indicam falta de confiança do empresário.

“A piora da confiança é resultado da piora na avaliação das condições correntes dos empresários. Tanto a avaliação da economia brasileira quanto da própria empresa piorou em abril. A Sondagem Industrial e a Sondagem Indústria da Construção do mesmo mês mostraram a insatisfação com a situação financeira e a dificuldade de acesso ao crédito no primeiro trimestre de 2024, o que pode explicar essa piora da confiança dos setores da indústria”, diz o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

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Apesar da queda da confiança na maior parte dos setores, 18 setores ainda seguem confiantes em abril, com índices acima de 50 pontos. Em fevereiro e março, eram 25 setores considerados confiantes.

O levantamento mostra que os setores com confiança mais alta são manutenção e reparação (59,0 pontos), biocombustíveis (55,9 pontos), farmoquímicos e farmacêuticos (55,5 pontos) e veículos automotores (54,2 pontos).

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O índice de confiança da indústria extrativa subiu 0,6 ponto em abril para 54,4 pontos. Já o indicador para os demais segmentos industriais caiu. Na indústria da construção, houve um recuo de 1,3 ponto, para 52,5 pontos. Na indústria de transformação, o Icei caiu 1,1 ponto, para 51,8 pontos.

A confiança caiu para todos os portes de empresa. Entre as pequenas empresas, houve um recuo de 1,6 ponto para 49,7 pontos. Nos demais portes, a queda foi menor e reduziu a confiança, mas não levou o índice a ultrapassar a linha divisória. No caso das médias empresas, o Icei caiu 1,3 ponto, para 50,7 pontos. Já para as grandes, o índice caiu 0,8 ponto, para 53,8 pontos.

O levantamento ouviu 1.882 empresas, sendo 746 de pequeno porte, 667 de médio porte e 469 de grande porte, entre os dias 1º e 9 de abril.

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