O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), termômetro de prévia da inflação oficial, registrou uma alta de 0,11% em janeiro. O valor demonstra uma desaceleração sobre a alta de 0,34% em dezembro, segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (24).
“Já começamos o ano com uma surpresa negativa. O dado [IPCA-15 de janeiro] sequer conta toda a verdade, porque ele é beneficiado pelo bônus de Itaipu, que barateia as cotas de energia”, criticam analistas de macroeconomia.
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Segundo analistas, sua estimativa era de que a prévia da inflação viesse “zerada”, ou seja, abaixo do reportado, ainda refletindo a incorporação do bônus de Itaipu — um desconto distribuído aos consumidores por conta do saldo positivo da hidrelétrica em 2023.
IPCA-15 de janeiro indica piora do governo. O IPCA-15 acumulado de 12 meses, na estimativa do analista, deveria desacelerar de 4,71% para 4,36%.
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Contudo, o registrado pelo IBGE acumulou uma alta de 4,50%, acima das expectativas do mercado. Em relação a janeiro de 2024, o IPCA-15 deste mês veio 20 pontos-percentuais acima (0,31% no período anterior).
As maiores influências de grupos do IPCA-15 foram:
Alimentação e bebidas, com alta de 1,06%;
Transportes, 1,01%;
Habitação, com o único dado negativo do grupo, a -3,43%.
Inflação em alta deve sacudir governo Lula
Neste momento, Spiess analisa que a situação do governo Lula ainda pode piorar.
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“O governo está com dificuldade de manter uma boa popularidade”. Entretanto, o analista enxerga que, a partir do momento que o índice de miséria começar a subir, o que será ocasionado pela inflação em aceleração, o governo deverá perder ainda mais popularidade.
“O governo chega numa situação para 2026 muito difícil. É uma situação inédita para Lula, ele nunca esteve numa situação tão impopular,” afirmam analistas.