O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, subiu 0,26% em setembro, acelerando-se em relação à alta de 0,23% apurada em julho.
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De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (11), o IPCA acumula alta de 3,50% nos primeiros nove meses do ano. A inflação extrapolou a meta do Banco Central para 2023, de 3,25%.
Com isso, o indicador acelerou a alta acumulada em 12 meses até setembro para +5,19%, de +4,61% no mês anterior.
Grupos do IPCA
Os preços de seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em setembro. O maior impacto positivo (0,29 p.p) e a maior variação (1,40%) vieram de transportes, seguido por habitação (0,47% e 0,07 p.p.).
No grupo dos transportes (1,40%), o resultado foi influenciado pelo aumento nos preços da gasolina (2,80%). Os combustíveis tiveram alta de 2,70%, acompanhado pelo diesel (10,11%) e o gás veicular (0,66%), enquanto o etanol caiu 0,62%. As passagens aéreas também subiram 13,47%, após recuo de 11,69% em agosto.
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No grupo habitação (0,47%), a maior contribuição (0,04 p.p.) veio da energia elétrica residencial (0,99%). A alta da taxa de água e esgoto (0,02%) também pesou. Já o gás encanado (-0,10%) teve queda.
No lado das quedas, destaca-se o grupo alimentação e bebidas, cujos preços caíram pelo quarto mês consecutivo (-0,71% e -0,15 p.p.). Os demais grupos ficaram entre o -0,58% de artigos de residência e o 0,45% de despesas pessoais.
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A queda do grupo alimentação e bebidas deve-se principalmente ao recuo nos preços da alimentação no domicílio (-1,02%). Destacam-se batata-inglesa (-10,41%), cebola (-8,08%), ovo de galinha (-4,96%), leite longa vida (-4,06%) e carnes (-2,10%). Já o arroz (3,20%) e o tomate (2,89%) subiram de preço.
A alimentação fora do domicílio (0,12%) desacelerou ante o mês anterior (0,22%). As altas da refeição (0,13%) e do lanche (0,09%) foram menos intensas.