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A JBS (JBSS3), uma das maiores empresas de proteína animal do mundo, divulgou nesta quarta-feira (13) os resultados do terceiro trimestre de 2025, revelando uma queda significativa no lucro líquido, reflexo de pressões operacionais e de mercado, especialmente nos Estados Unidos. O desempenho abaixo do esperado reacende preocupações sobre a capacidade da companhia de manter margens saudáveis em um cenário global de custos elevados e demanda instável.

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Resultados financeiros

  • Lucro líquido: R$ 1,2 bilhão, queda de 38% em relação ao mesmo período de 2024.
  • Receita líquida: R$ 100,7 bilhões, crescimento marginal de 2,1%.
  • EBITDA ajustado: R$ 7,9 bilhões, com margem de 7,8%, abaixo da média histórica da companhia.

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Pressão nos EUA e custos elevados

O principal fator de retração foi o desempenho da operação de carne bovina nos Estados Unidos, que representa uma fatia relevante da receita da JBS. A empresa enfrentou:

  • Queda nos preços da carne bovina no mercado norte-americano.
  • Aumento nos custos com grãos e transporte, pressionando margens.
  • Desaceleração da demanda interna, com consumidores migrando para proteínas mais baratas, o que soa estranho já que afirmam que o preço da carne caiu.

Além disso, o dólar mais forte impactou negativamente a conversão de receitas internacionais, reduzindo o efeito positivo das exportações.

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Diversificação e desafios globais

Apesar da queda nos EUA, a JBS teve desempenho mais estável em outras regiões:

  • Seara (Brasil): Crescimento em volume e receita, impulsionado por exportações para Ásia e Oriente Médio.
  • Pilgrim’s Pride (EUA e Europa): Margens pressionadas, mas com leve recuperação em mercados europeus.
  • Austrália: Operações resilientes, mas ainda com desafios logísticos.

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A empresa segue apostando na diversificação geográfica e em produtos de valor agregado, mas enfrenta dificuldades para compensar a volatilidade do mercado norte-americano.

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Análise estratégica

A queda no lucro da JBS reflete um momento de transição e alerta. A companhia precisa reavaliar sua estrutura de custos e acelerar investimentos em eficiência operacional, especialmente em suas plantas nos EUA. A dependência de commodities e a exposição ao câmbio tornam o modelo vulnerável em tempos de instabilidade.

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Além disso, o mercado acompanha com atenção os movimentos da empresa em sustentabilidade e governança, temas cada vez mais relevantes para investidores institucionais. A JBS tem feito avanços, mas ainda enfrenta críticas sobre transparência e rastreabilidade de sua cadeia produtiva.

O resultado do 3T25 mostra que, embora a JBS mantenha sua posição como gigante global, os desafios estruturais e conjunturais exigem respostas rápidas e estratégicas. A queda no lucro é um sinal claro de que o ciclo de expansão fácil ficou para trás — e que a resiliência da companhia será testada nos próximos trimestres.

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