O Colégio Nacional de Jornalistas da Venezuela (CNP) denunciou na sexta-feira (16) a escalada de perseguição contra a imprensa no país após as eleições presidenciais de 28 de julho, que segundo as autoridades eleitorais foram vencidas pelo atual mandatário, Nicolás Maduro – um resultado rejeitado pela oposição e parte da comunidade internacional.
“Com grande alarme, a diretoria nacional do Colégio Nacional de Jornalistas levanta sua voz de protesto contra a crescente repressão contra a imprensa e nossos colegas iniciada em 29 de julho”, disse a associação na rede social X.
SAIBA: Milhares em todo mundo protestam contra resultado imposto por Maduro nas eleições da Venezuela
Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui. Acompanhe-nos pelo Canal do Whastapp. Clique aqui.
AINDA: Projeção de taxa de juros próxima a 12% no fim do segundo ano de Lula 3 já é realidade
O CNP disse que, nas últimas semanas, uma “escalada brutal e sistemática de repressão” foi desencadeada contra a classe jornalística e qualquer cidadão que “ouse discordar da narrativa oficial sobre os resultados das eleições”.
“Desde os protestos pós-eleitorais, houve 88 casos de violações da liberdade de expressão, desde prisões de cidadãos, jornalistas, trabalhadores da mídia, expulsão de jornalistas e bloqueios de veículos de imprensa, acentuando ainda mais a censura”, acrescentou.
Em 7 de agosto, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP) informou que quatro jornalistas foram acusados na Venezuela pelo crime de “terrorismo” depois de terem sido presos durante protestos contra o resultado oficial das eleições presidenciais.
O sindicato alertou sobre o “uso ilegal e arbitrário das leis antiterrorismo (…), especialmente contra jornalistas e fotojornalistas detidos durante os protestos pós-eleitorais”.
MAIS: Presidente da Colômbia proíbe exportação de carvão à Israel e terroristas do Hamas agradecem
Em 14 de agosto, a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) condenou o aumento de prisões arbitrárias, censura e bloqueios contra a imprensa na Venezuela.
De acordo com o governo venezuelano, mais de 2.400 pessoas foram presas no contexto dos protestos desencadeados após as eleições de 28 de julho, nos quais, segundo a Procuradoria Geral, foram registradas 25 mortes.