Patrocinado

O partido opositor Vontade Popular (VP) denunciou nesta sexta-feira (25) o “assassinato” de seu cofundador e líder do estado de Apure, no oeste da Venezuela, Edwin Santos, que havia sido detido, segundo a legenda, por agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin) na última quarta-feira (23).

SAIBA: Bispo afirma que Brasil vive ditadura e denuncia presos políticos no país

– O Vontade Popular denuncia, de forma responsável e com profundo pesar perante o país e a comunidade internacional, o assassinato de Edwin Santos pelo regime de [Nicolás] Maduro – afirmou em comunicado o partido, liderado pelo ex-prefeito Leopoldo López.

O partido garantiu que o ativista foi “assassinado depois de ter sido sequestrado por membros das forças de segurança do Estado”, um “fato confirmado por testemunhas no local” onde ele estava.

LEIA: STF solta advogado preso que esteve foragido por meses sobre venda de decisões judiciais

O VP afirmou que, até a tarde de quinta-feira (24), Santos estava na “sede da DGCIM (Direção Geral de Contrainteligência Militar) em Guasdualito”, uma cidade próxima da fronteira com a Colômbia.

AINDA: STF decide investigar em sigilo deputado federal por falas durante seu trabalho Constitucional na tribuna do Congresso

Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui. Acompanhe-nos pelo Canal do Whastapp. Clique aqui.

LEIA: Nunes Marques encerra ações no STF que questionavam comportamento de Moraes “sem respeito a Constituição” no caso da plataforma X

De acordo com o partido, o opositor foi um “agente fundamental na vitória” em Apure nas eleições presidenciais de 28 de julho, em referência à vitória que a maioria antichavista, agrupada na Plataforma Democrática Unida (PUD), insiste que seu candidato, Edmundo González Urrutia, obteve nessas eleições, apesar de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter proclamado Maduro como vencedor.

O VP advertiu que sua morte é um “sinal político claro de retaliação contra ele e contra o ativismo político democrático”.

– Esse caso confirma a continuidade das políticas de repressão, perseguição e assassinato de um regime criminoso – acrescentou o partido, razão pela qual disse que lutará por uma investigação independente, e conclamou o país a denunciar esse “assassinato brutal”.

A sigla citou a falta falta de liberdade que assola o país e o risco iminente de viver sob a ditadura violenta que acomete a Venezuela.

MAIS: Mais de 50 países assinam declaração sobre fraude eleitoral na Venezuela, Brasil fica fora da lista

– Enquanto Nicolás Maduro permanecer no poder, nenhum cidadão na Venezuela, nem mesmo aqueles que agora fazem parte do regime, tem sua vida ou liberdade seguras. Maduro deve cair e a liberdade deve chegar para todos – acrescentou o VP, que expressou solidariedade à família e aos amigos do líder partidário.

SAIBA: Relatório da ONU mostra “massacre na Venezuela que Lula finge não ver”, afirma Estadão

Santos tinha 36 anos e era o coordenador local do comando da campanha presidencial da PUD, de acordo com o Comitê de Direitos Humanos do partido Venha Venezuela (VV), que exigiu uma investigação “transparente e independente”.

Receba conteúdo exclusivo sobre os temas de seu interesse! Confirme em sua caixa de e-mail sua inscrição para não perder nada