Lucro da Vale no 1º trimestre tem queda anual de 58,8%, abaixo do esperado. A Vale (VALE3) lucrou US$ 1,837 bilhão de forma líquida no primeiro trimestre de 2023 (1T23), informou a companhia nesta quarta-feira (26), queda de 58,8% na base de comparação com o 1T22. O consenso Refinitiv projetava um lucro de US$ 2,4 bilhões.
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No lado do faturamento, a Vale teve uma receita líquida de US$ 8,434 bilhões, queda anual de 22% e abaixo dos US$ 9,2 bilhões projetados. No lado operacional, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado das operações continuadas foi de US$ 3,576 bilhões, baixa de 42,5% na base anual e também abaixo dos US$ 4,3 bilhões projetados.
A mineradora explica a queda do Ebitda em função dos menores preços realizados de finos de minério de ferro e pelotas, menores vendas de finos de minério de ferro e maiores custos.
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As reações iniciais do mercado ao resultado da Vale foram negativas. Às 19h59 (horário de Brasília), os ADRs (American Depositary Receipts, recibo de ações negociados nos EUA) VALE negociados na Bolsa de Nova York caíam 1,87%, a US$ 13,63, após chegarem a cair quase 3% logo após a divulgação do balanço.
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Analistas projetavam que a mineradora traria resultados mais fracos na comparação trimestral – e em parte também na anual – por conta dos menores volumes vendidos e menor preço médio, que já tinham sido divulgados na previa operacional.
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No volume de vendas, o resultado foi prejudicado pelas chuvas na região do terminal marítimo Ponta da Madeira, no Maranhão, que impediram a formação de pilhas de estoque. Já no preço médio, a Vale vendeu produtos com alto teor de sílica e menor quantidade do minério extraído de Carajás, visto como de melhor qualidade.