O lucro líquido no ano passado foi de R$ 116,6 bilhões, uma queda anual de 41% puxada pela redução nos lucros da Petrobras (PETR3; PETR4). O governo federal frisou que, sem a petroleira, o lucro cresceu em comparação a 2023, chegando a R$ 79,6 bilhões (+9,4%).
Os dados constam do Relatório Agregado das Empresas Estatais Federais de 2024, divulgado na sexta-feira, 22, pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI)
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No ano passado, elas distribuíram R$ 152,5 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP), sendo R$ 72,1 bilhões (47%) para o governo federal e R$ 80,4 bilhões (53%) para seus demais acionistas.
“As empresas públicas integram a nossa estratégia de desenvolvimento sustentável de longo prazo. No governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva continuaremos trabalhando para fortalecer e modernizar as estatais e seus mecanismos de governança”, disse a ministra da Gestão, Esther Dweck, no relatório.
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A ministra ainda destacou que as estatais são “peças centrais” no crédito habitacional, agrícola, às pequenas e médias empresas e aos microempreendedores.
Déficit/superávit x lucro/prejuízo
O MGI alegou que “déficits primários podem ser sinônimo de boas notícias”. O Banco Central (BC) avalia periodicamente os resultados primários de um conjunto de 20 estatais não dependentes (Petrobras e empresas do setor financeiro são excluídas).
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O número do BC, que registra “déficit” ou “superávit”, ou seja, tem uma lógica financeira, é diferente de outro conceito, registrado pelo balanço das próprias empresas, que registram “lucro” ou prejuízo”, pela lógica do “caixa”.
Quando o dinheiro federal entra no caixa da estatal, é contabilizado como superávit pelo BC. Quando a empresa passa a executar a despesa, como investimentos, por exemplo, transforma-se em déficit.
Na estatística do BC, essas estatais encerraram 2024 com lucro operacional de R$ 1,7 bilhão. Ao mesmo tempo, 11 registraram déficit primário, no total de R$ 6,7 bilhões.
As informações do relatório foram extraídas do Sistema de Informações das Estatais (Siest) em junho de 2025. Em alguns casos, o MGI explicou que os dados foram ajustados com base nos relatórios, demonstrações financeiras e outros documentos das próprias empresas.
