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O Bradesco (BBDC4) divulgou o resultado financeiro referente ao terceiro trimestre de 2023 a pouco e registrou um lucro líquido recorrente de R$ 4,621 bilhões. O valor representa uma queda de 11,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

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O lucro líquido contábil do banco também foi de R$ 4,62 bilhões, com uma queda de 11,3% em relação ao ano anterior.

A carteira de crédito do Bradesco se manteve praticamente estável em relação ao terceiro trimestre de 2022, totalizando R$ 877,5 bilhões, leve variação negativa de 0,01%. No entanto, o desempenho frustrou até mesmo as projeções do próprio banco, que esperava um incremento entre 1% e 5% no total de empréstimos.

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No que diz respeito à inadimplência, a instituição financeira apresentou uma elevação preocupante. A taxa de atrasos acima de 90 dias ficou em 5,6% no terceiro trimestre, o que representa uma alta de 1,7 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado. Por segmento de cliente, a situação mais delicada é na carteira destinada a pequenas e médias empresas, que registrou uma inadimplência de 7,2%, comparada a 7% no trimestre anterior e 4,5% no mesmo período de 2022.

No caso das pessoas físicas, os atrasos acima de 90 dias representam 6,6% da carteira, mais um incremento em relação aos 5,1% registrados há 12 meses. Entre grandes empresas, a taxa de inadimplência aumentou de 0,1% para 0,6% em um ano.

Os números forçaram o banco a elevar a despesa com PDD (Provisões para Devedores Duvidosos) para R$ 9,2 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 26,4% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado do ano até setembro, a PDD somou R$ 29 bilhões, 66,6% a mais que o equivalente de 2022.

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O Bradesco ressalta, no entanto, que houve uma redução de 10,9% nas despesas com provisões na comparação com o segundo trimestre deste ano, o que indicaria que as concessões mais recentes possuiriam uma qualidade melhor.

Do lado positivo, o banco viu um aumento nas receitas com prestação de serviços. No terceiro trimestre, essas receitas totalizaram R$ 9,1 bilhões, incremento de 2,9% em relação ao mesmo período do ano passado. As receitas provenientes das rendas de cartão tiveram um aumento de 2,2%, atingindo R$ 3,7 bilhões.

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Por outro lado, as receitas relacionadas à conta corrente registraram uma queda de 9,5%, totalizando R$ 1,7 bilhão. Outro destaque positivo foi o crescimento da linha de administração de consórcios, que teve um aumento de 23,3%, alcançando R$ 525 milhões.

A margem financeira do banco ficou em R$ 15,859 bilhões no terceiro trimestre, uma queda de 2,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Essa redução foi especialmente influenciada pelas operações com clientes, que apresentaram uma queda na margem devido ao mix de produtos e menores spreads. O Bradesco explicou que essa estratégia reflete o foco na qualidade das concessões com maior discriminação do risco das operações.

O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) ficou em 11,3% no terceiro trimestre de 2023, representando uma queda de 1,7 ponto percentual em comparação com o mesmo período do ano anterior.

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