Lula afirma ter orgulho de ser comunista, no Foro de São Paulo. Regime já dizimou mais de 100 milhões no mundo. Na abertura do 26° encontro do Foro de São Paulo, o presidente Lula disse que tem orgulho de ser chamado de comunista e socialista. O discurso, que durou cerca de dez minutos, foi marcado por ataques contra a direita — chamada de “extrema direita” pelo petista.
“A esquerda sempre é atacada pela extrema direita, que nos chama de terroristas”, contou o fundador do Foro de São Paulo, nesta quinta-feira, 29. “Nos acusam ainda de sermos comunistas e socialistas e pensam que nos ofendem assim. Isso nos dá orgulho.” (veja vídeo abaixo).
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O comunismo no mundo
De acordo com os cálculos da organização Global Museum on Communism (Museu Global do Comunismo, em inglês, disponível no endereço www.globalmuseumoncommunism.org) atualizados em 2009, o número de mortos pelos regimes comunistas em todo o mundo é de mais de 100 milhões.
A China lidera o ranking, com o número estimado de mortes de 65 milhões de pessoas. Em seguida, aparecem União Soviética, 20 milhões; Camboja, 2 milhões; Coreia do Norte, 2 milhões; países africanos, 1,7 milhão; Afeganistão, 1,5 milhão; países comunistas do leste europeu, 1 milhão; Vietnã, 1 milhão; América Latina, 150 mil; entre outros. Mais detalhes aqui.
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Lula atacou o presidente do Uruguai
Lula também atacou o presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou — destacou que as pautas que a esquerda enfrenta são as dos costumes, da família e do patriotismo. Ele também aproveitou a ocasião para pedir à companheirada uma “reflexão”.
“Às vezes, precisamos olhar para dentro de nós e perguntar onde erramos também”, declarou o petista. “Será que foi apenas a extrema direita que errou, ou nós também temos erros? É preciso repensar o discurso da esquerda.”
Lula ironizou ainda a possível morte do ex-ministro e militante histórico José Dirceu, dizendo que a maioria dos fundadores do Foro de São Paulo já morreu e que restavam apenas os dois. “Eu quero viver até 120 anos”, disse. “Agora você, Zé, se prepare.”
Organizado por Mônica Valente, secretária-executiva do Foro de São Paulo, o tema do evento neste ano é a “Integração Regional para Avançar a Soberania Latino-Americana e Caribenha”.