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Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina decreto que corta investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com contenção de R$ 31,3 bilhões no Orçamento, com um congelamento de R$ 7,6 bilhões em recursos. As emendas parlamentares tiveram uma contenção de R$ 7,1 bilhões.

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O detalhamento do bloqueio – de R$ 10,6 bilhões – e do contingenciamento – de R$ 20,7 bilhões – foi publicado na noite desta sexta-feira (30) pelo governo em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

De acordo com o documento, o PAC sofreu um contingenciamento de R$ 5,04 bilhões e um bloqueio de R$ 2,6 bilhões. Já as emendas tiveram R$ 4,7 bilhões contingenciados e R$ 2,4 bilhões bloqueados.

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DIFERENÇA DE BLOQUEIO E CONTINGENCIAMENTO
No contingenciamento, o governo congela despesas quando há frustração de receitas, a fim de cumprir a meta fiscal (saldo entre receitas e despesas, sem contar os juros da dívida). A meta deste ano é de zerar o déficit das contas públicas.

Já o bloqueio é realizado para cumprir o limite de despesas do arcabouço fiscal. Assim, quando há aumento de gastos obrigatórios (como aposentarias, por exemplo), o governo bloqueia despesas não obrigatórias (como custeio e investimentos) para compensar.

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Segundo o decreto, além do PAC e das emendas, ministérios foram afetados pela contenção de despesas. As maiores reduções foram:

– Ministério das Cidades: R$ 4,29 bilhões

– Defesa: R$ 2,59 bilhões

– Saúde: R$ 2,36 bilhões

– Desenvolvimento Social: R$ 2,12 bilhões

– Transportes: R$ 1,49 bilhão

– Fazenda: R$ 1,41 bilhão

– Integração e do Desenvolvimento Regional: R$ 1,3 bilhão.

O Ministério da Educação não foi alvo de cortes e teve seu orçamento preservado.

De acordo com o Planejamento, os órgãos e ministérios atingidos terão até a próxima sexta-feira (6) para indicar as programações e as ações a serem bloqueadas. No âmbito das emendas parlamentares, o processo e o prazo são específicos, já que envolvem consulta ao Poder Legislativo.

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– Dessa forma, a distribuição da contenção de emendas constante do Decreto poderá ser modificada, a depender da priorização do Legislativo – diz a pasta.

A contenção total, de R$ 31,3 bilhões, foi anunciada pelo governo na semana passada. O bloqueio de R$ 10,6 bilhões foi motivado pelo aumento das despesas obrigatórias, enquanto o contingenciamento, de R$ 20,7 bilhões, é destinado a garantir o cumprimento da meta de resultado primário.

Para este ano, o governo Lula promete atingir a meta de resultado primário zero, mas há uma margem de tolerância que permite um déficit de R$ 31 bilhões – ou 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB).

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Além das medidas de contenção de investimentos, o governo atualizou as regras sobre a execução orçamentária para 2025, com maior limitação na liberação de recursos ao longo do ano.

O decreto determina, em anexo, três períodos para a limitação de empenhos (a decisão de limitar os gastos dos ministérios mês a mês é chamada de faseamento): até julho, até novembro e até dezembro.

– O faseamento visa estabelecer ritmo de execução compatível com os ciclos posteriores de reavaliação das receitas e despesas – diz o Ministério do Planejamento.

A medida representa uma restrição de R$ 92,2 bilhões até julho e de R$ 50,9 bilhões até novembro. Em dezembro, o faseamento deixa de ter efeito, restando apenas o valor integral da contenção.

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