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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou suas acusações à Vale (VALE3), nesta sexta-feira (28), durante cerimônia de anúncio de novos investimentos do governo federal em Minas Gerais, nas áreas de energia e educação.

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Assim como já havia feito em entrevista a emissora de rádio Tempo de Minas, Lula voltou a ameaçar a companhia por reparação pelos danos causados nos municípios de Mariana (MG) e Brumadinho (MG), afetados por rompimentos de barragens, respectivamente em 2015 e 2019.

Importante lembrar que a Vale já vem realizando pagamentos e cumprindo sentenças judiciais há anos. Entretanto a parte do acordo que cabe o aval do governo federal tem sido postergada por Lula.

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Segundo fontes do mercado Lula tem interesse em colocar um escolhido seu a frente da empresa. Lula já conseguiu postergar a nomeação do novo CEO, ou manutenção do atual, que não agrada a Lula. A negociação do acordo tem sido usada por Lula como força de pressão contra a mineradora. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema já pediu a Lula que aceite o acordo da Vale, ou faça uma contraproposta, para que o Estado possa receber os benefícios que precisa e não houve retorno do presidente.

Zema já acionou inclusive a justiça para que Lula aceite o acordo ou defina outros termos, enquanto isto o presidente da República se mantém em pressão contra a mineradora.

Lula prometeu voltar, em breve, a Minas Gerais para visitar as cidades atingidas pela tragédia. “Quero ver o estrago que a Vale fez na cidade de Brumadinho, quero ver o que foi feito em Mariana. A Vale está muito quietinha e sabe que tem de pagar”, afirmou o presidente da República.

Na ocasião, cerca de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração devastaram comunidades, contaminaram o Rio Doce e afluentes e chegaram ao Oceano Atlântico, no Espírito Santo. Foram 49 os municípios atingidos pela tragédia.

Em janeiro de 2019, um novo rompimento em outra barragem da Vale, em Brumadinho, deixou 270 mortos e um rastro de destruição. Milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração foram despejados na bacia do Rio Paraopeba.

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Mais cedo, em entrevista à Rádio O Tempo FM, Lula já havia criticado a empresa. “Estou predisposto a negociar a dívida da Vale não com Minas Gerais, mas com o povo da região que foi solapada pelas barragens Mariana e Brumadinho”, disse Lula.

“Aquele povo tem de receber suas casas, aquele povo tem de receber indenização. O rio tem de ser recuperado. E a Vale está lá com dinheiro aplicado, sem querer pagar. Vamos também fazer acordo para que a Vale pague essa dívida.”

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