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A concessão do título de doutor honoris causa ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Universidade Paris-VIII gerou forte polêmica e críticas intensas por parte da esquerda francesa, especialmente de acadêmicos e do jornal Libération, principal veículo progressista do país. O episódio ganhou destaque internacional e levantou debates sobre a política externa do Brasil, a relação de Lula com líderes autoritários e o alinhamento da universidade com seus próprios valores históricos.

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Esquerda francesa critica homenagem a Lula por postura internacional

Professores da Universidade Paris-VIII, fundada por nomes como Michel Foucault, classificaram a homenagem como “uma mancha na história da universidade”. Em artigo publicado no Libération, eles afirmam que a honraria seria justificável anos atrás, quando Lula simbolizava a resistência democrática, mas que atualmente a escolha é “altamente contestável”.

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O motivo central das críticas é a postura ambígua de Lula diante da guerra na Ucrânia, colocando Rússia e Ucrânia no mesmo patamar e participando recentemente de um desfile militar em Moscou ao lado de Vladimir Putin e Xi Jinping. Segundo os acadêmicos, tal atitude relativiza a agressão russa e aproxima Lula de regimes autoritários, o que contrasta com a tradição da Paris-VIII de lutar contra todas as formas de ditadura.

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Libération e o debate sobre valores democráticos

O jornal Libération destacou “surpresa e tristeza” pela concessão do título a Lula, afirmando que “não é possível hoje conceder um doutorado honoris causa a Lula, próximo demais de Putin”. O editorial ressalta que a realpolitik ou a defesa do multilateralismo e do Sul Global não justificam todas as posturas e que, diante do contexto internacional atual, a homenagem é “altamente contestável”. O texto questiona se não haveria outra figura brasileira mais consensual para receber a distinção, reforçando o ceticismo de parte da esquerda europeia com a política externa do presidente brasileiro.

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Divergências internas e repercussão

A direção da Paris-VIII afirmou que o apoio da universidade à Ucrânia é “inabalável” e que continuará a receber acadêmicos ucranianos, discordando da crítica de que a homenagem seria feita “de maneira muito discreta”.

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