O editorial da Folha destaca que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem extrapolado os limites fiscais nos últimos anos, acumulando despesas extras que ultrapassam R$ 330 bilhões entre 2023 e 2025. Parte desses gastos ficaram fora das metas fiscais estabelecidas, um movimento que, apesar de ter amparo legal em situações específicas como precatórios, calamidades e ajuda a setores afetados por políticas econômicas, prejudica a saúde financeira do país.
Essa expansão das despesas públicas tem pressionado o orçamento federal e impactado negativamente a percepção dos investidores sobre a sustentabilidade fiscal do Brasil. Como consequência, o país paga uma conta elevada em juros, pois o aumento da dívida pública para financiar esses gastos eleva o custo do crédito para o governo. O déficit primário, que representa o equilíbrio entre receitas e despesas excluindo os juros, teve variações negativas, o que evidencia a dificuldade em manter as contas públicas sob controle.
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Especialistas consultados no editorial alertam que essa postura fiscal pode comprometer a estabilidade econômica a médio e longo prazo, elevando o risco de aumento do endividamento e limitando a capacidade do governo de investir em áreas estratégicas. Eles defendem a necessidade urgente de ajuste fiscal que considerem a contenção de gastos e maior responsabilidade na gestão do orçamento público.
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O editorial conclui que a opção do governo Lula por exagerar nos gastos, mesmo diante do compromisso público com a responsabilidade fiscal, obriga a população a arcar com uma conta pesada em juros, comprometendo o potencial de crescimento econômico e a melhora das condições sociais que tanto o governo deseja alcançar.
