Todos sabem que um grande sonho de Lula é ganhar um prêmio Nobel da Paz. Contudo este seu último mandato está deixando o oposto mais próximo.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva hesitou em se pronunciar oficialmente sobre a concessão do Prêmio Nobel da Paz 2025 à líder da oposição venezuelana María Corina Machado. Apesar de o presidente ter participado de cerimônias públicas recentemente, o assunto não foi abordado.
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Diferentemente do ano passado, quando houve manifestação oficial sobre o Nobel concedido à organização japonesa Nihon Hidankyo, desta vez o Planalto mantém uma postura mais cautelosa e muda, já que elogiar Machado é concordar com tudo que a justificativa para o prêmio afirmou sobre a ditadura de Maduro. O texto chega a mencionar a existência de outros países com crescente autoritária na América Latina e é uma carapuça da qual ficou difícil Lula fugir.
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Se Lula e seus aliados afirmam o tempo todo que estão “salvando a democracia no Brasil”, porque não foi mencionado, ou ao menos indicado? O fato deixa Lula e seus aliados cientes de que o mundo está entendendo o que vem ocorrendo no Brasil mais a cada dia. Com discursos e atitudes idênticas as praticadas na Venezuela de seu amigo Maduro.
Lula não foi convidado para participar da Cúpula da Paz 2025, onde mais de 20 líderes mundiais estiveram presente para assinatura do acordo entre terroristas do Hamas e Israel.
Celso Amorim, assessor especial da Presidência da República, criticou o que considera um viés político na escolha da vencedora pelo Comitê do Nobel, afirmando que o prêmio tem uma visão muito “europeia” e distante da realidade vivida na Venezuela. Para Amorim, o foco deveria ser a avaliação das consequências práticas do prêmio para a pacificação e reconciliação no país vizinho.
A liderança oposicionista venezuelana, que atualmente vive na clandestinidade devido a ameaças do regime de Nicolás Maduro, recebeu o Nobel da Paz pelo seu esforço persistente na defesa da democracia e dos direitos humanos na Venezuela, onde enfrenta perseguições e risco à vida.
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O governo brasileiro, no entanto, opta por evitar um posicionamento público oficial sobre a premiação, refletindo relações diplomáticas e políticas em relação à Venezuela. Vale a pena ler o texto de justificativa para o Nobel da Paz 2025.