Patrocinado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governo brasileiro lamentaram as mortes do presidente do Irã, Ebrahim Raisi, e do chanceler Hossein Amir Abdollahian neste domingo (19), quando sobrevoavam de helicóptero a região de Varzeqan, no Azerbaijão.

As mortes foram confirmadas mais cedo pela televisão estatal e a agência oficial de notícias iraniana Irna.

SAIBA: Fernando Haddad presta esclarecimentos sobre política econômica na Câmara. Veja ao vivo

“Com pesar soube da confirmação da morte do presidente iraniano Ebrahim Raisi e do seu chanceler, Hossein Amir Abdollahian e de todos os passageiros e tripulação, após a queda de seu helicóptero. Minhas condolências aos familiares de todas as vítimas, ao governo e ao povo iraniano”, escreveu o presidente em seu perfil na rede social X.

MAIS: Governo suspende leilão para importar arroz após países incluírem “custo da propaganda”

Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui. Acompanhe-nos pelo Canal do Whastapp. Clique aqui

LEIA: Big Techs e AGU tem reunião para combater “fake news” sobre tragédia gaúcha

A fala é semelhante à declaração do Ministério das Relações Exteriores, que afirmou que o governo brasileiro recebeu a notícia “com profunda consternação”, também expressando “sinceros sentimentos de solidariedade e pesar pelas irreparáveis perdas”.

Lula tentou estabelecer uma relação mais próxima com Raisi – conhecido como “carniceiro de Teerã – defendendo uma abertura do Irã ao mundo contra o isolamento proposto pelo Ocidente. Isso, diz, ampliaria o radicalismo no país.

O deputado Coronel Chrisostomo (PL) usou as redes sociais para criticar o presidente Lula (PT) por ter lamentado a morte do presidente do Irã, Ebrahim Raisi, de 63 anos. Raisi foi uma das vítimas de um acidente de helicóptero ocorrido no último domingo (19). Além de Ebrahim, o ministro das Relações Exteriores do país, Hossein Amir-Abdollahian, também morreu na queda.

O petista chegou a se encontrar com Raisi em agosto do ano passado, celebrando a entrada do Irã no Brics – o grupo de países que Lula defende como uma potência em um “mundo multipolar”, como ele já mencionou em entrevistas e discursos.

SAIBA: Toffoli usa R$ 100 mil do dinheiro público para diária de segurança em viagem internacional não oficial. Após denuncia o Portal da Transparência foi retirado do ar

Quem é o carniceiro de Teerã aliado de Lula

O Irã é um dos maiores aliados da Rússia e possui relação bastante hostil com os Estados Unidos, e o PT já fez questão de saudar Raisi publicamente enquanto que a comunidade internacional acompanhava as inúmeras denúncias de favorecimento à eleição do iraniano em 2021.

Nascido na cidade de Mashhad, em dezembro de 1960, Raisi cresceu em uma família ligada à linhagem do profeta Maomé, pai do islamismo. Aos 15 anos, já frequentava o seminário na cidade de Qom e, mais tarde, se descreveu como um aiatolá, um clérigo xiita de alto escalão.

AINDA: Governo Lula faz aproveitamento eleitoral de tragédia, é “sujo e imoral”, afirma Ribeiro

Com 25 anos, se tornou procurador-adjunto de Teerã, período em que atuou como um dos juízes que autorizavam os assassinatos em massa nos tribunais secretos de 1988, também conhecidos como “Comitê da Morte”.

Sua participação nos atos de crueldade o tornaram conhecido como “o carniceiro de Teerã”. Nessa época, milhares de prisioneiros políticos, que já cumpriam penas de prisão, foram novamente julgados pelo regime.

A maioria deles era membro da oposição de esquerda, liderada pelo grupo Mujahedin-e Khalq (MEK) ou Organização Popular Mujahedin do Irã (PMOI).

Receba conteúdo exclusivo sobre os temas de seu interesse! Confirme em sua caixa de e-mail sua inscrição para não perder nada