Os deslocamentos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) durante a campanha eleitoral de 2024 totalizaram R$ 1,4 milhão. As informações foram obtidas pelo portal Metrópoles por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
MAIS: Presidente do STF lidera uso de aviões da FAB, algo nunca feito na história do Brasil
Conforme detalhado, Lula realizou 12 viagens utilizando aviões e helicópteros da FAB, combinando agendas oficiais com compromissos de campanha. Entre os destinos, estiveram cidades como São Bernardo do Campo (SP), Fortaleza (CE), Natal (RN), Camaçari (BA) e São Paulo (SP), onde participou de convenções partidárias, comícios e reuniões políticas.
O custo por quilômetro percorrido em aviões presidenciais, como o Airbus VC-1 (ACJ 319) e o VC-2 (Embraer 190), foi de R$ 182,48. Já no caso de helicópteros, os valores variaram entre R$ 15 mil e R$ 24 mil por hora de voo, dependendo do modelo utilizado. Além disso, o transporte terrestre para compromissos gerou um custo adicional de R$ 46,5 mil.
Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui. Acompanhe-nos pelo Canal do Whastapp. Clique aqui.
MAIS: Lula assina decreto que favorece financeiramente a OEI onde Janja ganhou cargo
A Secretaria de Controle Interno da Presidência afirmou que “não houve deslocamentos exclusivamente eleitorais”. Segundo a pasta, as viagens integraram compromissos oficiais do presidente, alinhados às regras que permitem a combinação de agendas institucionais e políticas.
Os valores foram quitados pelo Partido dos Trabalhadores (PT), conforme exige resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que determina o reembolso aos cofres públicos em casos de uso de transporte oficial em campanhas. O pagamento foi registrado por meio de duas Guias de Recolhimento da União (GRU), nos valores de R$ 1,4 milhão e R$ 31,1 mil, quitadas entre novembro e dezembro de 2024.
O PT declarou que os custos foram integralmente documentados na prestação de contas à Justiça Eleitoral. Entretanto, o Ministério da Casa Civil não detalhou as distâncias percorridas ou as datas específicas das viagens, o que pode gerar questionamentos sobre a transparência do uso dos recursos.
