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A oposição majoritária da Venezuela, agrupada na Plataforma Democrática Unitária (PUD), denunciou nesta sexta-feira 10, que Nicolás Maduro consumou um “golpe de Estado“, depois que o Parlamento, controlado pelo chavismo, o empossou como presidente para o período 2025-2031. O vencedor das eleições foi seu líder Edmundo González Urrutia, o único a comprovar com as atas eleitorais sua vitória conforme determina a lei do país.

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Maduro foi solicitado por diversos países a comportar sua vitória autoproclamada através das atas eleitorais conforme procedimentos legal da Venezuela, entretanto não o fez e mesmo assim assumiu o poder.

“Com a usurpação do poder por Nicolás Maduro da Presidência da República, apoiado pela força bruta e ignorando a soberania popular expressa com força em 28 de julho, um golpe de Estado contra os direitos do povo venezuelano foi consumado”, disse o PUD em um comunicado publicado no X.

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Em meio a alta tensão, ciente de que a maioria do povo rejeita sua continuidade à frente do país, Maduro optou por antecipar da posse perante o Parlamento controlado pelo chavismo por uma hora surpreendente. O evento estava marcado para as 17h00 (horário espanhol) e aconteceu sessenta minutos antes.

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Maduro, que não mostrou os registros eleitorais se gabou de ter vencido nessas eleições, apesar da “conspiração global dos EUA e seus satélites escravos na América Latina e no mundo”. “O povo da Venezuela venceu o imperialismo e agora não sabe como se vingar”, disse ele.

“Juro pelo povo histórico, nobre e corajoso da Venezuela e diante desta Constituição, que cumprirei todos os seus mandatos, inaugurei o novo período de paz, prosperidade e nova democracia”, disse Maduro diante do presidente do Parlamento, o chavista Jorge Rodríguez.

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“Somos guerreiros da história e garantiremos a paz e a soberania nacional para sempre”, disse o narcoditador após sua posse, que também lembrou seu antecessor Hugo Chávez, que estabeleceu o regime opressor e vários de seus parentes vieram apoiar Nicolás Maduro.

“Eu venho do povo, sou do povo e devo a mim mesmo ao povo”, proclamou Maduro. “Eu tenho apenas um dono, um patrão e obedeço a uma única ordem, a força histórica do povo, a força de Bolívar pela qual jurei”, disse o ditador segundos depois.

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Maduro protegeu as fronteiras. Ele fechou completamente as passagens de fronteira com a Colômbia, diante da crescente pressão internacional contra seu golpe.

A posse ocorreu horas depois que a líder da oposição María Corina Machado foi sequestrada por unidades chavistas que atiraram em sua comitiva depois de aparecerem em público, junto com cidadãos que se reuniram nos arredores de Caracas para protestar contra Nicolás Maduro. Horas depois, ela reapareceu, libertada, após um ataque que foi condenado dentro e fora do país.

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O ditador está mais isolado do que nunca. Sua posse não contou com a presença de nenhum líder estrangeiro além do ditador comunista cubano Miguel Díaz-Canel.

Nenhum outro presidente ibero-americano apareceu para apoiar Maduro em sua cerimônia de posse perante o Parlamento venezuelano que ele controla. Entre os países que enviaram representantes do governo para sua posse – na ausência de seus principais líderes – estão os regimes autoritários da Rússia e da China, além de Brasil e Colômbia.

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