A manifestação contra o Presidente da Turquia e a favor de seu provável rival nas próximas eleições, Ekrem Imamoglu, o prefeito de Istambul suspenso do cargo e preso por acusações de corrupção.
Recep Tayyip Erdoğan, presidente da Turquia, é frequentemente descrito como autoritário, mas não oficialmente considerado um ditador pela grande imprensa. Ele exerce forte controle sobre o sistema político, incluindo o judiciário e os meios de comunicação, além de ter consolidado um sistema presidencialista que concentra poderes em suas mãos. Suas ações, como a repressão à oposição e a prisão de críticos políticos, têm levado muitos analistas a classificá-lo como líder de uma democracia iliberal ou uma “ditadura eletiva”.
Ele está no poder há 29 anos. No ano passado foi parabenizado por Lula após sua última vitória, o presidente brasileiro nunca condenou os feitos de Erdogan.
Esta segunda-feira a situação piorou. As autoridades anunciaram a proibição de ajuntamentos em Istambul, Ancara e Esmirna, as maiores cidades da Turquia.
Mas na rua, os manifestantes dizem que não é isto que os vai parar. A oposição garante que vai continuar até que o governo ceda e liberte Ekrem Imamoglu.
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Ele lidera o partido Justiça e Desenvolvimento (AKP) do islamismo político. Sua ideologia, chamada de “Erdoğanismo”.
O partido social-democrata CHP, o maior partido da oposição, tinha convocado o protesto como forma de apoio a Imamoglu, o seu candidato presidencial às próximas eleições, previstas para 2028, cuja acusação considera um mero pretexto para o eliminar da corrida política.
Às 13:00 do último sábado na Turquia, cerca de 200 mil pessoas já se encontravam na esplanada de Maltepe e outros continuavam a chegar a este parque à beira-mar, no lado asiático de Istambul.
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A prisão é considerada uma “vingança” para afastar da corrida presidencial um político que derrotou o partido islâmico AKP de Erdogan nas eleições municipais de 2019 em Istambul.
Quando as primeiras eleições desse ano foram anuladas devido à margem de vitória muito reduzida de Imamoglu, o presidente da câmara ganhou por 800.000 votos na nova eleição e aumentou essa vantagem para um milhão nas eleições de 2024, tornando-se a figura da oposição mais popular do país.
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A sua detenção há dez dias e a sua prisão preventiva no domingo passado provocaram grandes protestos, não só em Istambul, mas também em muitas outras províncias turcas e uma resposta severa do Governo, que deteve quase 1.900 pessoas por participarem nas manifestações.
Esta segunda-feira a situação piorou. As autoridades anunciaram a proibição de ajuntamentos em Istambul, Ancara e Esmirna, as maiores cidades da Turquia.
Mas na rua, os manifestantes dizem que não é isto que os vai parar. A oposição garante que vai continuar até que o governo ceda e liberte Ekrem Imamoglu.
Lula e o autoritarismo de Erdogan na Turquia
Os principais pontos de cooperação entre Luiz Inácio Lula da Silva e Recep Tayyip Erdoğan incluem:
- Defesa: Ambos os líderes buscaram reativar a parceria estratégica entre Brasil e Turquia, especialmente na área de defesa, com discussões sobre potencial colaboração em projetos militares e tecnológicos.
- Aviação Civil: Erdoğan propôs parcerias na área de aviação civil, incluindo possíveis colaborações entre a Turkish Airlines e a Embraer, com o objetivo de expandir o mercado de aviação.
- Construção e Energia: A Turquia sugeriu parcerias nos setores de construção e energia, incluindo projetos relacionados ao Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Brasil.
- Cooperação Internacional: Lula e Erdoğan discutiram a coordenação de posições em foros internacionais, como a ONU, o G20 e o FMI.
- Mediação de Conflitos: Lula elogiou os esforços da Turquia na mediação do conflito entre Rússia e Ucrânia.
- Ingresso da Turquia no BRICS: Lula prometeu apoiar a entrada da Turquia no BRICS, reforçando a cooperação entre países em desenvolvimento e ampliando a influência do bloco.