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As ações da Braskem (BRKM5) chegaram a cair mais de 2%, diminuíram as perdas, mas ainda fecharam em queda de 1,43%, a R$ 18,63, após a Bloomberg noticiar a fala do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega de que foi sondado pelo governo para integrar o conselho da petroquímica. Ele afirmou que aceitará o cargo se sua nomeação for aprovada pelos acionistas.

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“Eu fui sondado pela Casa Civil e me coloquei à disposição”, disse em entrevista. “Se acaso os acionistas e a Assembleia decidirem isso, então eu irei para o conselho da Braskem.”

Guido Mantega é um dos citados por Joesley Batista como operador da Lava Jato no período, além de ser pivô das pedaladas fiscais que levaram no impeachment de Dilma. A justiça tem limpado a ficha de Mantega, mas o mercado financeiro não esqueceu.

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A Braskem não quis comentar e a Casa Civil não respondeu imediatamente a pedido de comentário.

Tentativas de arrumar uma “boquinha” para Mantega
Lula já havia tentado nomear Mantega como presidente da Vale (VALE3) no início do ano, o que gerou críticas tanto no alto escalão da empresa quanto entre os investidores. Membro de 75 anos do Partido dos Trabalhadores, Mantega foi o ministro da Fazenda mais longevo, ficando à frente da pasta tanto nos governos anteriores de Lula como no de Dilma Rousseff.

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Como chefe da pasta, Mantega apoiou políticas fiscais anticíclicas para fortalecer a economia após a crise financeira global de 2007-2008. Durante sua gestão, o governo também interveio no setor de energia para forçar uma queda das tarifas.

Mantega disse que o principal problema econômico do Brasil é a política monetária “irracional” patrocinada pelo presidente do banco central, Roberto Campos Neto. O país precisa de mais investimento para crescer, e as taxas de juros mais elevadas do que o necessário levam a um aumento dos custos de financiamento para as empresas, disse.

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Além disso, a inflação está sob controle, acrescentou Mantega, o que significa que não há razão para o BC diminuir o ritmo da flexibilização monetária.

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