Marfrig deve usar blockchain para monitorar gado. A Marfrig, uma das principais companhias frigoríficas processadoras de carne bovina do mundo, vai adotar a tecnologia blockchain para conectar-se com todos os seus fornecedores diretos e indiretos de animais, que são os pecuaristas que não se relacionam com a empresa, entre eles os criadores e invernistas. O objetivo é trazer mais segurança e transparência à cadeia pecuária, do nascimento ao abate dos bovinos. A adoção faz parte do sistema Conecta, do plano Marfrig Verde+, lançado em julho de 2020, com o objetivo de garantir que a totalidade da cadeia de produção da empresa seja sustentável e livre de desmatamento até 2030.
O objetivo é estabelecer uma ferramenta robusta que seja a principal aliada ao dia a dia dos nossos parceiros”, diz Paulo Pianez, diretor de sustentabilidade e comunicação da Marfrig. O projeto está em fase de implementação e em breve os parceiros serão convidados.
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De acordo com o executivo, a plataforma Conecta também está alinhada com o princípio de produção-conservação-inclusão. “Queremos incluir os produtores cujas propriedades tenham pendências por meio de consultoria e tecnificação, dando suporte para que regularizem sua atividade.” Em um segundo momento, outros públicos devem ser inseridos na plataforma, como as redes de varejo e redes de restaurantes, além de financeiras e empresas do ramo de insumos, ampliando a funcionalidade da Conecta.
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A segurança e a confiabilidade de informações se dá pela criptografia avançada do blockchain atendendo, por exemplo, às necessidades de auditoria. O cumprimento de confidencialidade da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e outras legislações se dá com a identidade digital descentralizada, que é suportada pela tecnologia blockchain e utilizada no Conecta.
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Segundo Reynaldo Formigoni, Gerente de Soluções Blockchain do CPQD, “investimentos em soluções blockchain no agronegócio têm crescido significativamente nos últimos três anos e apresentam uma ampla diversidade de funcionalidades, tais com a rastreabilidade de diferentes tipos de ativos físicos e lógicos, a emissão de certificados em diferentes pontos da cadeia produtiva, a automatização de processos e pagamentos através do uso de contratos inteligentes e o compartilhamento seguro de informações. Tais funcionalidades são de extrema relevância para as diversas cadeias produtivas do agronegócio e proporcionam um ambiente de maior confiança entre os atores participantes do ecossistema”.