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A MBRF (MBRF3) ampliou sua joint venture com o fundo soberano da Arábia Saudita para o lançamento da Sadia Halal como a maior empresa de frango halal do mundo. Como resposta, as ações estão em alta: MBRF3 subia 6,45% às 11h30, para R$ 16.

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Segundo comunicado, a dona da Sadia e Perdigão e a Halal Products Development Company (HPDC), subsidiária integral do Public Investment Fund (PIF), fundo soberano estatal da Arábia Saudita, anunciam a expansão de sua joint venture. A JV foi criada em 2022.

A HPDC deterá 10% da companhia, com planejamento de chegar a 30% e direito de atingir até 40%. O aumento de participação ocorrerá por meio de aporte de capital, 50% primário e 50% secundário.

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Com a transação, os ativos da empresa foram avaliados em US$ 2,07 bilhões. O acordo também une diversos negócios da companhia na região, como as fábricas e centros de distribuição da MBRF na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes Unidos; suas empresas de distribuição no Catar, Kuwait e Omã, além do negócio de exportações diretas de aves, bovinos e produtos processados para clientes na região do Oriente Médio e Norte da África.

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Nos últimos 12 meses até julho, o faturamento líquido da JV foi de US$ 2,1 bilhões, equivalente a 7,3% de toda a receita consolidada da MBRF, e um Ebitda de US$ 230 milhões.

O negócio prevê acordo para fornecimento de produtos de frango e bovino da MBRF para Sadia Halal com duração de 10 anos renováveis, a partir das fábricas localizadas no Brasil.

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A Sadia Halal já havia sido criada como subsidiária da BRF em 2016. Na época, já tinha um faturamento de US$ 2 bilhões, segundo informações do jornal Valor Econômico.

A MBRF, que surgiu da fusão entre Marfrig e BRF, tem pouco mais de um mês de trajetória na bolsa. Ela estreou na B3 em setembro, depois que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deu o aval para o casamento entre as duas gigantes de alimentos.

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Potencial do mercado halal é gigantesco

A empresa já é uma gigante na região, onde está há mais de 50 anos. A Sadia é líder no mercado com 36,2% de participação nos países do Conselho de Cooperação do Golfo, segundo a Nielsen, e realiza cerca de 111 mil entregas mensais para mais de 17 mil pontos de venda na região. Marquinhos Molinam, filho do controlador da MBRF, se tornará chairman da Sadia Halal e CEO para a Arábia Saudita.

“A expansão da parceria com a HPDC visa reforçar a presença regional da MBRF em um dos mercados mais lucrativos e influentes do mundo, aproximando cada vez mais nossas marcas dos consumidores locais e assegurando a presença permanente na agenda de segurança alimentar do país”, afirma Marcos Molina, chairman e controlador da MBRF, em comunicado.

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O potencial é ainda maior. O mercado halal movimenta mais de US$ 2 trilhões por ano, principalmente em proteína animal. Além disso, o público-alvo está em crescimento. A população muçulmana, que ultrapassa 1,9 bilhão de pessoas e cresce em média duas vezes mais rápido que a população global, garantindo uma demanda estável e crescente por proteínas que seguem os preceitos islâmicos, diz a companhia, em comunicado.

O que é o frango Halal

Frango halal é um tipo de carne de frango abatido segundo os preceitos religiosos islâmicos, respeitando normas rigorosas de higiene.

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O que significa “halal”?
A palavra halal vem do árabe e significa “permitido” ou “lícito” segundo os princípios do Islã. Para que um alimento seja considerado halal, ele precisa seguir regras específicas que garantem sua pureza, ética e conformidade com os ensinamentos religiosos.

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Como é feito o abate halal?
O frango halal é abatido por um muçulmano treinado, que realiza o corte na garganta do animal com uma lâmina afiada, em um único movimento, evitando sofrimento prolongado. Durante o abate, é obrigatório pronunciar o nome de Deus (“Bismillah, Allahu Akbar”), reconhecendo que a vida pertence a Ele. O sangue deve ser completamente drenado, pois seu consumo é proibido.
Regras principais do frango halal:

  • O animal deve estar saudável no momento do abate.
  • O corte deve ser feito por um muçulmano consciente e autorizado.
  • O nome de Deus deve ser invocado durante o abate.
  • O sangue deve ser totalmente escoado.
  • O processo deve ser supervisionado por entidades certificadoras halal.

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