Mercado de vibra óptica na contramão da Tefefônica

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Mercado de vibra óptica na contramão da Tefefônica. E assim, enquanto o mercado de fibra óptica desacelerou e não está mais crescendo como estava durante a fase mais aguda da pandemia. A Telefônica Brasil (BVMF:VIVT3) mantém meta de expandir sua rede até o fim de 2024, afirmou nesta quarta-feira o presidente-executivo da companhia, Christian Gebara.

“É um movimento natural… Mas não está mais acelerando como estava na fase mais grave da pandemia”, afirmou o executivo durante teleconferência com analistas sobre os resultados da Telefônica Brasil divulgados na noite anterior.

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Desta forma, Gebara afirmou que o movimento de migração de clientes da Oi (BVMF:OIBR3) Móvel para a base da Telefônica Brasil “tem sido muito sólido” nos segmentos pré e pós-pago. Ele comentou que a receita média por usuário, conhecida pela sigla Arpu, teria sido “positiva” em ambos os segmentos no segundo trimestre desconsiderando o impacto dessa migração. No segundo trimestre, o Arpu foi de 25 reais por mês no segmento móvel, queda de 6,5% na comparação anual.

E assim, afirmou que a companhia mantém a meta de fazer sua rede de fibra estar disponível para 29 milhões de residências até o final de 2024, numa estratégia do grupo de focar em oferta de serviços com maior valor agregado para incrementar margens e ampliar fidelização de clientes. “Hoje estamos acima de 21 milhões, dentro do planejado.”.

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Por fim, sobre como as recentes reduções de impostos cobrados do setor poderão implicar em melhoria de margens de lucro para a companhia, Gebara afirmou que a Telefônica está repassando aos clientes os cortes no ICMS que passaram a valer em Estados do país a partir do final de junho.

“Estamos focados em cumprir as determinações e em repassar as reduções de impostos em todos os segmentos…conforme podemos”, afirmou Gebara.

“Todas as empresas do setor estão olhando para melhores retornos…É um movimento que acontece há muitos trimestres. Há também a inflação e estamos nos ajustando de acordo com isso”, disse o executivo.

Resultado da Telefônica é considerado fraco, ações caem

As ações da Telefônica Brasil (BVMF:VIVT3) lideram as quedas dentro do Ibovespa nesta tarde, com o mercado penalizando a empresa após as despesas e o negócio fixo pesarem no seu balanço do segundo trimestre. No início da tarde, as ações da Telefônica caíam 3,41%, a R$ 44,81.

Para o banco Safra, os resultado da Telefônica foram “medíocres”, sendo que as fortes receitas de serviço móvel foram ofuscadas pela desaceleração na evolução das receitas fixas e maiores despesas operacionais, o que levou a margem Ebitda recorrente a diminuir cerca de 100 bps na comparação anual, apesar da contribuição positiva do Ebitda da Oi (BVMF:OIBR3).

A receita líquida total ficou em R$ 11,831 bilhões, aumento de 11% no ano e de 4% no trimestre. O ARPU consolidado foi de R$ 25, queda de 6,7% na comparação anual, devido à diluição do menor ARPU da base de clientes da Oi.

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“A Telefônica informou que ainda está observando o perfil dos clientes móveis da Oi para se adequar aos seus critérios de desconexão, o que pode desencadear uma limpeza no futuro”, segundo o Safra.

Em relação aos custos diretamente relacionados à geração de receita, o custo dos serviços cresceu 16% no ano, devido à maior receita de serviços digitais e vendas de aparelhos no período. O setor de despesas com pessoal avançou 20% no ano, devido a reajustes salariais, novas contratações e provisões para remuneração variável, enquanto as despesas gerais e administrativas subiram 12% e as de infraestrutura tiveram alta de 7% no período.

Os esforços da Telefônica na expansão da fibra, fortalecimento de sua rede móvel, ativação 5G e incorporação dos acessos móveis da Oi levaram os investimentos totais no trimestre a R$ 2,575 bilhões, representando 21,8% de sua receita líquida, destaca o Safra.

A Telefônica encerrou o segundo trimestre de 2022 com uma dívida líquida incluindo passivos de leasing de R$ 13,2 bilhões, representando apenas 0,7x Ebitda 2022E. Por fim, o Safra continua recomendando a compra das ações da Telefônica, com preço-alvo em R$ 57.

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