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O mês de maio começa sob a expectativa de distensionamento da guerra tarifária entre EUA e China, com o país asiático confirmando que Washington o procurou para conversas. Pequim aceita iniciar as negociações desde que o governo Trump retire as tarifas implementadas este ano, embora fontes ouvidas pelo The Wall Street Journal apontam que o governo chinês avalia usar o fentanil – substância produzida em larga escala na China e usada como matéria-prima para opióides nos EUA – como ponto de partida para as negociações.

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Sob este pano de fundo global, a semana entre os dias 5 e 9 de maio terá enfoque sobre a decisão das taxas de juros nos EUA e no Brasil, ambas na quarta-feira (7). Cada Banco Central sob desafios diferentes: enquanto o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) está sob a incerteza das tarifas sobre o crescimento e a inflação na maior economia do mundo, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil enfrenta o desafio da desancoragem das expectativas de inflação, inflação vigente bem acima da meta, mercado de trabalho aquecido em meio a medidas fiscais expansionistas do governo brasileiro diminuir os efeitos do choque de juros do Copom iniciado em setembro do ano passado.

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Falas de diretores do Copom deram nas duas últimas semanas a perspectiva de fim do ciclo de alta da Selic na reunião de maio com falas sobre a “incipiente moderação” do crescimento econômico. Porém, o presidente da autoridade monetária, Gabriel Galípolo, reforçou o tom duro de que a expectativa de inflação no horizonte relevante (3º trimestre de 2026) ainda está longe do centro da meta.


O Copom vai cumprir a sinalização do último comunicado e subir novamente a taxa Selic, resta saber se meio ponto percentual ou 75 pontos-base, para 14,75% ou 15%. Além disso, o mercado espera se o Copom vai comunicar ao menos mais uma alta da Selic, para a reunião de junho, ou se pode indicar que o aumento de quarta será a última desse ciclo.

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Nos EUA, a manutenção da taxa dos Fed Funds no intervalo entre 4,25-4,5% é consenso entre os investidores. A lupa estará na parte do comunicado referente à diminuição do balanço da autoridade monetária, que na prática significa a retirada de dinheiro do mercado e restrição financeira semelhante a uma alta de juros. Será que o quantitative tightening (QT) vai ser encerrado?

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A entrevista coletiva de Jerome Powell, presidente do Fed, será acompanhada pelo mercado em busca de pistas de quando vai retomar o ciclo de corte de juros. A abordagem cautelosa à condução da política monetária sob os efeitos das tarifas na economia dos EUA para não se precipitar tanto para um corte como para uma alta de juros está vencendo a ansiedade dos investidores para um corte rápido dos juros. Após os dados do mercado de trabalho da última sexta-feira, quando apresentou robustez, os investidores já projetam corte de juros de junho para julho.

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O jogo do Fed é não deixar a alta temporária de preços das tarifas contaminar a expectativa de inflação de longo prazo nos EUA. A resposta só deve vir após julho, o que deixa o mercado ainda sob uma posição precipitada de quando o Fed deve agir. Os investidores podem ganhar essa batalha se houver uma deterioração rápida do mercado de trabalho, sendo que os dados do mês de abril, o primeiro mês sob os efeitos das tarifas, ficaram bem longe de uma piora.

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A semana começa, na segunda e na terça, com a finalização da divulgação dos índices do gerente de compras (PMIs) de Serviços e Compostos de Brasil, EUA, Japão, China, Reino Unido, Zona do Euro, Alemanha e França, um importante índice antecedente sobre a atividade econômica futura. Na terça, os EUA divulgam a balança comercial de março, com olhos atentos para a importação, que derrubou a atividade econômica do país, segundo a primeira prévia do Produto Interno Bruto (PIB) divulgado na última semana.

Na quarta-feira, além da política monetária, o Brasil vai conhecer os dados da produção industrial de março e a balança comercial de abril. No dia seguinte, é a vez do Banco da Inglaterra fazer uma nova decisão da taxa de juros, com a expectativa de corte pelo mercado. Já a sexta-feira será movimentada com dados do comércio exterior e da inflação de abril da China, o IPCA no Brasil e discursos de membros do Fed após a decisão de juros da quarta-feira.

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Paralelamente, a temporada de balanços acelera no Brasil. Nomes importantes como Itaú, Bradesco (BVMF:BBDC4), Ambev (BVMF:ABEV3), CSN, Minerva (BVMF:BEEF3) e Embraer (BVMF:EMBR3) vão apresentar os seus resultados financeiros do primeiro trimestre de 2025. Nos EUA, os destaques são Walt Disney (NYSE:DIS), Uber (NYSE:UBER), Palantir (NASDAQ:PLTR), AMD (NASDAQ:AMD), SMCI, Mercado Livre (NASDAQ:MELI) e Banco Inter.

Calendário de empresas que apresentam balanço na semana

Segunda-feira, 5 de maio de 2025
TIM ON (BVMF:TIMS3)
CCR ON (BVMF:CCRO3)
Aura Minerals BDR (BVMF:AURA33)
Tegma ON (BVMF:TGMA3)
Hidrovias do Brasil ON (BVMF:HBSA3)
Pão de Açúcar ON (PCAR3 (BVMF:PCAR3))
Pague Menos ON (BVMF:PGMN3)
Grupo Mateus ON (BVMF:GMAT3)
Profarma ON (BVMF:PFRM3)
Palantir (PLTR)
Ford Motor (NYSE:F)
Tyson Foods (NYSE:TSN)
Terça-feira, 6 de maio de 2025
Embraer ON (EMBR3)
Raia Drogasil ON (BVMF:RADL3)
Vibra ON (BVMF:VBBR3)
Odontoprev ON (BVMF:ODPV3)
Vamos ON (BVMF:VAMO3)
Vulcabras ON (BVMF:VULC3)
Blau Farmacêutica ON (BLAU3)
JSL ON (JSLG3)
AMD (AMD)
Archer-Daniels-Midland (ADM)
Super Micro Computers (SMCI)
Quarta-feira, 7 de maio de 2025
Bradesco PN (BBDC4)
Rede D’Or ON (BVMF:RDOR3)
Klabin Unit (BVMF:KLBN11)
Ultrapar ON (BVMF:UGPA3)
Carrefour ON (BVMF:CRFB3)
Banco Inter BDR (INBR32)
Engie Brasil ON (BVMF:EGIE3)
Auren ON (BVMF:AURE3)
Fras-Le ON (BVMF:FRAS3)
Vivara ON (BVMF:VIVA3)
Dexco ON (BVMF:DXCO3)
Eletromídia ON (ELMD3 (BVMF:ELMD3))
Guararapes ON (BVMF:GUAR3)
C&A Modas ON (CEAB3 (BVMF:CEAB3))
Minerva ON (BEEF3)
Mills ON (MILS3 (BVMF:MILS3))
Lavvi ON (BVMF:LAVV3)
Valid ON (BVMF:VLID3)
Iochpe-Maxion ON (BVMF:MYPK3)
Espaçolaser ON (ESPA3 (BVMF:ESPA3))
Desktop ON (BVMF:DESK3)
Grupo Multi (MLAS3)
CSU Digital (BVMF:CSUD3)
Estapar ON (BVMF:ALPK3)
Lojas Quero-Quero ON (BVMF:LJQQ3)
Aeris ON (BVMF:AERI3)
Uber (UBER)
Walt Disney (DIS)
Arm (ARM)
Quinta-feira, 8 de maio de 2025
Itaú Unibanco PN (ITUB4 (BVMF:ITUB4))
Ambev ON (ABEV3)
CSN Mineração ON (CMIN3 (BVMF:CMIN3))
B3 ON (B3SA3 (BVMF:B3SA3))
Suzano ON (BVMF:SUZB3)
Localiza ON (BVMF:RENT3)
Rumo ON (BVMF:RAIL3)
COPEL PNB (BVMF:CPLE6)
Energisa Unit (BVMF:ENGI11)
Totvs ON (BVMF:TOTS3)
Hapvida ON (BVMF:HAPV3)
Lojas Renner ON (BVMF:LREN3)
Cemig ON (CMIG3 (BVMF:CMIG3), BVMF:CMIG4)
Smartfit ON (BVMF:SMFT3)
Assaí ON (ASAI3 (BVMF:ASAI3))
CSN ON (BVMF:CSNA3)
GPS ON (GGPS3)
Alupar Unit (BVMF:ALUP11)
Sanepar Unit (BVMF:SAPR11)
Unipar (BVMF:UNIP3) PNB (UNIP6 (BVMF:UNIP6))
Três Tentos ON (TTEN3 (BVMF:TTEN3))
Fleury ON (BVMF:FLRY3)
Magazine Luiza ON (BVMF:MGLU3)
Azzas 2154 ON (BVMF:AZZA3)
Grendene ON (BVMF:GRND3)
Alpargatas PN (BVMF:ALPA4)
Cogna ON (BVMF:COGN3)
Intelbras ON (BVMF:INTB3)
Simpar ON (BVMF:SIMH3)
Ecorodovias ON (BVMF:ECOR3)
Petrorecôncavo ON (RECV3 (BVMF:RECV3))
JHSF ON (BVMF:JHSF3)
MRV ON (BVMF:MRVE3)
Randon PN (BVMF:RAPT4)
CBA ON (CBAV3)
Plano& Plano ON (PLPL3 (BVMF:PLPL3))
LWSA ON (BVMF:LWSA3)
Petz ON (PETZ3 (BVMF:PETZ3))
Tenda ON (BVMF:TEND3)
Mater Dei ON (MATD3)
BR Partners Unit (BVMF:BRBI11)
Camil ON (BVMF:CAML3)
Ânima ON (ANIM3 (BVMF:ANIM3))
Wiz ON (BVMF:WIZC3)
Zamp ON (BVMF:ZAMP3)
Mitre Realty ON (MTRE3 (BVMF:MTRE3))
HBR Realty ON (BVMF:HBRE3)
IMC ON (MEAL3 (BVMF:MEAL3))
Lopes Brasil ON (LPSB3 (BVMF:LPSB3))
Livetech ON (LVTC3)
Mercado Livre (MELI)
Sexta-feira, 9 de maio de 2025
Banco ABC Brasil (BVMF:ABCB4)
Banco Pan PN (BVMF:BPAN4)
Braskem (BVMF:BRKM5) PNB (BRKM6 (BVMF:BRKM6))

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