PIB menor, inflação mais alta, juros e câmbio elevados. Esse é o cenário desenhado pela mais recente edição do Boletim Focus, publicado pelo Banco Central nesta segunda-feira (17).
A compilação semanal de dados da autoridade monetária brasileira mostrou uma piora do na perspectiva para o IPCA pela sexta vez seguida, saindo de 3,80% ao ano há quatro semanas para 3,96% na mais recente leitura.
SAIBA: R$ 109 bilhões em distorções contábeis no primeiro ano do governo Lula são apontados pelo TCU
Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui. Acompanhe-nos pelo Canal do Whastapp. Clique aqui
Veja outros indicadores da mais recente edição do Boletim Focus em relação à edição da semana passada:
- PIB para 2024: de 2,09% para 2,08% (↓)
- Dólar para 2024: de R$ 5,05 para R$ 5,13 (↑)
- Selic em 2024: de 10,25% para 10,50% (↑)
Já para 2025, a única das projeções que permanece estável por 27 semanas seguidas é o crescimento de 2% do PIB. Os demais indicadores pioraram em relação à semana passada, demonstrando uma deterioração das expectativas:
- Inflação 2025: de 3,78% para 3,80% (↑)
- PIB para 2025: manteve em 2,00% (=)
- Dólar para 2025: de R$ 5,09 para R$ 5,10 (↑)
- Selic em 2025: de 9,25% para 9,50% (↑)
Além dos principais indicadores, outros números do Focus chamam a atenção. É o caso do déficit da conta corrente de 2024, que saiu de US$ 33,55 bilhões para US$ 36,20 bilhões.
Ainda, a dívida líquida do setor público deve atingir os 63,68% do PIB em 2024, o que também representa um aumento em relação à leitura passada, de 63,65% do PIB.
Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a lançar dúvidas sobre a meta fiscal brasileira.
SAIBA: Super ricos são “risco à democracia”, afirma Lula, em discurso fora de pauta e repetitivo
Em evento, Lula afirmou que sua gestão estaria “arrumando a casa e colocando as contas públicas em ordem para assegurar o equilíbrio fiscal”. Para o presidente, o aumento da arrecadação e a queda da taxa de juros permitirão a redução do déficit sem comprometer a capacidade de investimento público.
Contudo, alguns dias antes, o Congresso devolveu uma medida provisória (MP) que limitava o uso de créditos de Pis/Cofins por parte de empresas e indústrias — a mais dura derrota de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, que trabalha pelos barões do mercado, vários na Faria Lima.
As críticas ocorreram em meio às reclamações do petista de que o foco da discussão da imprensa está centrada na revisão de gastos do governo e nos planos fiscais traçados pelo ministro da Fazenda.
VEJA: Além de criticar o Congresso Haddad afirma que “Brasil é encrenca”