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A semana que encerra janeiro promete emoções no mercado financeiro, com a agenda econômica carregada no Brasil e nos EUA. Em Wall Street, a temporada de balanços das empresas listadas em Nova York se intensifica, com a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2024 das Big Techs, de algumas empresas de semicondutores e das petrolíferas.

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A China vai ter uma semana oposta: será tomada pelo feriado do Ano Novo lunar. Antes de se fechar para as comemorações de um novo ano, serão conhecidos os PMIs Composto, Industrial e Não-Manufatura da China de janeiro no domingo (26).

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A concentração na segunda-feira (27) fica com o Brasil. Logo cedo, o Boletim Focus deve trazer uma revisão altista para a inflação ao consumidor em 2025 e em 2026 após a prévia da inflação de janeiro, o IPCA-15, vir acima da expectativa na sexta-feira, 24. O consenso do mercado era de uma deflação mensal de 0,03, porém o índice veio 0,11%. Na base anual, o IPCA-15 desacelerou de 4,71% para 4,5%, porém acima da expectativa de 4,36%. Ainda na segunda-feira, o Banco Central do Brasil apresenta os dados de empréstimos bancários de dezembro.

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A terça-feira (28) será o dia mais tranquilo da semana. A ata da última reunião da política monetária do Banco do Japão (BoJ) e a Confiança do Consumidor de janeiro do Conference Board nos EUA são os dados mais importantes.

Quarta-feira é o grande dia da semana, com a decisão da taxa de juros do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) e do Banco Central do Brasil. A expectativa para o Fed é de manutenção da taxa de juros no intervalo entre 4,25% e 4,5%, com o mercado de olho no comunicado pós-decisão e na entrevista coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell.

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Os jornalistas vão provavelmente questionar Powell sobre a declaração do presidente recém-empossado dos EUA, Donald Trump, de que vai pedir para a redução de juros. No primeiro mandato, o republicano pressionava Powell, que foi indicado ao cargo de chair do Fed pelo próprio Trump, chegando até a cogitar a demissão do líder da autoridade monetária.

Além disso, há expectativa quanto à visão dos membros do Fed em relação às declarações mais moderadas de Trump sobre a adoção de tarifas sobre produtos importados, o que poderia levar a uma menor pressão inflacionária e a uma tendência de, ao menos, dois cortes de juros pelo Fed ao longo do ano, conforme as projeções econômicas da instituição divulgadas em dezembro.

Agenda de divulgação de balanços

No Brasil, será a primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) sob o comando de Gabriel Galípolo, que assumiu a presidência do Banco Central do Brasil em janeiro no lugar de Roberto Campos Neto. A expectativa é de mais uma alta de 100 pontos-base na taxa Selic, de 12,25% para 13,25%, conforme a orientação adotada na última reunião em dezembro.

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Na quarta, haverá também uma bateria de resultados em Wall Street, com destaque para as big techs. Vão divulgar o resultado Microsoft (NASDAQ:MSFT), Tesla (NASDAQ:TSLA) e Meta Platforms (NASDAQ:META). Na quinta-feira, será a vez de Apple (NASDAQ:AAPL), Amazon (NASDAQ:AMZN) e Intel (NASDAQ:INTC), com as petrolíferas Exxon e Chevron (NYSE:CVX) divulgando na sexta-feira.

Na quinta-feira, serão conhecidas as prévias do PIB do quarto trimestre da Zona do Euro e dos EUA. No Brasil, são os dados do Relatório do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) de dezembro.

Na sexta-feira, a agenda econômica continua forte com o índice de inflação preferido do Fed, o PCE. No Brasil, serão conhecidos a taxa de desemprego de dezembro e os dados do setor público do Banco Central.

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