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Mercados emergentes que declararam guerra comercial contra EUA e não negociaram equilíbrio, começam a sentir forte desvalorização de suas moedas

Imagem: Editada por Investidores Brasil. Foto: instagram pessoal
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A moeda norte-americana empurrava o dólar canadense e o peso mexicano para mínimas de vários anos, depois que a implementação de tarifas de importação pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Trump busca equilíbrio entre as negociações comerciais, porém alguns países não pretendem negociar e chegar a uma posição vantajosa a todos.

O euro também atingia uma mínima de mais de dois anos ante o dólar e o franco suíço – apesar de normalmente atuar como um ativo seguro – inicialmente recuava para seu menor nível desde maio.

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Como Trump havia prometido no mês passado, os EUA impuseram a Canadá e México tarifas de 25% e à China uma taxa de 10% no fim de semana, considerando-as necessárias para conter a imigração e o tráfico de drogas.

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As tarifas entrarão em vigor às 02h01 (horário de Brasília) de terça-feira.

O Canadá e o México, os dois principais parceiros comerciais dos EUA, prometeram imediatamente medidas de retaliação, e a China disse que contestará as tarifas de Trump na Organização Mundial do Comércio (OMC).

“A surpresa para os mercados é que o Canadá e o México retaliaram imediatamente e que outros, ou seja, a China e a União Europeia, podem seguir seu exemplo, resultando em uma forte contração no comércio global”, disse Tony Sycamore, analista de mercado da IG.

“A data de início das tarifas dos EUA sobre o Canadá, México e China, em 4 de fevereiro, também foi muito mais cedo do que muitos haviam previsto.”

Alguns investidores esperam que as tarifas aumentem a inflação dos EUA, fomentando a visão de que a taxa de juros pode permanecer mais alta por mais tempo, o que favorece o dólar. O euro era negociado a 1,0236 dólar, em queda de 1,22% no dia.

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O peso mexicano caiu para seu menor nível em quase três anos, a 21,2882 por dólar, enquanto o dólar canadense caiu para 1,4792 por dólar, um nível não visto desde 2003.

As moedas de mercados emergentes seguem sendo vendidas na segunda-feira em relação ao dólar, com o peso mexicano liderando a queda. O índice de moeda de mercados emergentes da MSCI caiu até 0,7%, sua maior queda desde que Trump garantiu seu segundo mandato como presidente, enquanto o índice do dólar da Bloomberg disparou para o maior nível desde novembro de 2022. O índice de ações de mercados emergentes chegou a cair cerca de 2%.

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A guerra comercial em andamento fez com que os investidores aumentassem suas apostas no dólar, com a visão de que as tarifas alimentarão a inflação e limitarão o espaço para o Federal Reserve cortar as taxas de juros. Os traders também esperam que as taxas prejudiquem mais as economias estrangeiras do que os EUA, à medida que a demanda americana diminui por importações mais caras.

“Espero mais dor para os mercados emergentes”, disse Rajeev De Mello, gerente de portfólio macro global da Gama Asset Management SA, prevendo que os impactos tarifários diretos seriam agravados pelo impacto da China.

“O dólar americano mais forte aperta as condições financeiras e um choque negativo na oferta enfraquecerá o crescimento global do qual os mercados emergentes dependem”, acrescentou.

Muitos economistas veem o México continuando a suportar o peso, com o Goldman Sachs Group Inc. prevendo o peso a 22 por dólar, uma depreciação de aproximadamente 5% em relação aos níveis atuais. O JPMorgan Chase & Co. vê uma depreciação imediata de 2%-4% e um salto de 20 pontos-base nos rendimentos dos títulos locais.

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Benefícios para países emergentes negociarem com os EUA

Os mercados emergentes, como o Brasil, podem se beneficiar significativamente ao negociar tarifas com os Estados Unidos em vez de entrar em uma guerra fiscal. Aqui estão os principais benefícios dessa abordagem:

1. Acesso Preferencial ao Mercado Americano

Negociar tarifas pode garantir um acesso mais favorável ao mercado dos EUA, evitando as penalidades associadas a tarifas elevadas que poderiam ser impostas em um cenário de guerra comercial. Isso é especialmente relevante para produtos brasileiros, como commodities agrícolas, que podem ver um aumento na demanda à medida que os produtos chineses se tornam menos competitivos devido às tarifas.

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2. Reestruturação das Cadeias de Suprimento

Com o aumento das tarifas sobre produtos importados da China, há uma oportunidade para países emergentes preencherem lacunas nas cadeias de suprimento. O Brasil, por exemplo, pode se posicionar como um fornecedor alternativo de produtos que antes eram importados da China, beneficiando-se assim do deslocamento do comércio global.

3. Estímulo ao Comércio Bilateral

A negociação de tarifas pode facilitar acordos comerciais mais amplos entre os EUA e países emergentes. Isso não apenas melhora as relações comerciais, mas também pode resultar em investimentos diretos estrangeiros, impulsionando o crescimento econômico local.

4. Proteção contra Volatilidade Econômica

Um acordo tarifário pode oferecer uma camada de proteção contra a volatilidade econômica que frequentemente acompanha guerras comerciais. Ao estabelecer termos claros e mutuamente benéficos, os países emergentes podem mitigar riscos associados a flutuações nos mercados globais.

5. Potencial para Redução do Déficit Fiscal dos EUA

Tarifas negociadas podem contribuir para a redução do déficit fiscal dos países emergentes e Estados Unidos sem a necessidade de medidas punitivas que possam desencadear retaliações. Isso pode resultar em um ambiente comercial mais estável e previsível para os mercados emergentes.

Por fim, ao evitar uma guerra fiscal e optar por negociações tarifárias, os países emergentes podem fortalecer suas indústrias locais ao garantir que seus produtos permaneçam competitivos no mercado americano, promovendo assim o crescimento econômico interno. Em resumo, negociar tarifas com os Estados Unidos pode oferecer aos mercados emergentes uma alternativa viável e benéfica à guerra fiscal, promovendo crescimento econômico e estabilidade nas relações comerciais.

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