O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) anunciou a criação do Núcleo de Investigação e Rastreio de Ativos Virtuais (NIRAV), uma iniciativa inédita voltada ao combate de crimes envolvendo criptomoedas. O objetivo é ampliar a capacidade de rastreamento de transações digitais e permitir o bloqueio rápido de valores ligados a atividades ilícitas, como lavagem de dinheiro, fraudes financeiras e esquemas de pirâmide.
Reforço na inteligência contra o crime digital
O NIRAV funcionará dentro da Coordenadoria de Inteligência da Investigação Penal (CIIP), atuando em conjunto com promotores e investigadores em ações cíveis e criminais. A criação do núcleo responde ao crescimento exponencial do uso de criptoativos por organizações criminosas, que utilizam a tecnologia blockchain para dificultar o rastreio de recursos.
Segundo o MPRJ, o núcleo permitirá uma atuação mais ágil e técnica, com foco na persecução patrimonial, ou seja, na identificação e recuperação de bens obtidos de forma ilegal.
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Ferramentas avançadas de rastreio
Desde agosto de 2025, o MPRJ já utiliza o software Reactor, da empresa norte-americana Chainalysis, uma das ferramentas mais sofisticadas do mercado para rastrear transações em blockchain. Com ela, é possível:
- Identificar carteiras digitais e conexões entre endereços
- Mapear fluxos financeiros em redes como Bitcoin e Ethereum
- Monitorar movimentações suspeitas em tempo real
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o MP do Rio fechou uma importante parceria com uma empresa de rastreio de criptomoedas. Assim, devem utilizar a Chainalysis, pelo período de 12 meses, para conduzir suas investigações, solução também adotada pelo MP de Santa Catarina na mesma ocasião.
Já em setembro, um mês depois, anunciou que o CyberGAECO focaria suas atividades no combate a crimes cibernéticos, dentre os quais poderia investigar as criptomoedas. Contudo, mesmo como uma nova atribuição, o órgão não ficaria com sua ação restrita ao mercado cripto.
A nova estrutura se soma ao CyberGAECO, divisão especializada em crimes cibernéticos, oficializada em setembro, que também atua em investigações digitais, mas com escopo mais amplo.
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Especialistas apontam que o uso de ferramentas como o Reactor pode acelerar decisões judiciais de bloqueio, aumentar a recuperação de ativos e dificultar a atuação de quadrilhas que operam no ambiente digital.




















