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Ministra do Planejamento faz correção sobre déficit do governo e Ibovespa derrete. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, informou nesta quinta-feira, 23, que o déficit nas contas do governo federal deve ficar em torno de R$ 120 bilhões neste ano. A estimativa é superior a que foi anunciada ontem pela área econômica do Poder Executivo, em aproximadamente R$ 110 bilhões.

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Segundo Simone, a mudança no valor se deu em virtude de o relatório anterior não considerar o reajuste do salário mínimo, que saltou de R$ 1.302 para R$ 1.320, a partir de maio.

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“É uma projeção, mas ela está caminhando no sentido que nós queremos, de que o déficit fiscal no Brasil não se encerrará com R$ 230 bilhões, mas algo em torno, agora, com essa projeção, de R$ 107 bilhões”, disse, durante um pronunciamento. “Podemos ter uma pequena alteração, quando vier o reajuste do salário mínimo, em torno de mais alguns gastos, em R$ 120 bilhões.”

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Conforme a ministra do Planejamento, o governo vai cortar despesas. Essa condição é vista como necessária para que o Banco Central (BC) corte a taxa básica de juros (Selic). A redução da Selic é um dos motivos usados por Lula, e pelo PT, para atacar o presidente do BC, Roberto Campos Neto.

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A respeito da manutenção do atual patamar da Selic, de 13,75%, Simone disse que “não houve surpresa”. A ministra do Planejamento mandou um recado à autoridade monetária ao dizer que o BC precisa reconhecer que o governo está se esforçando para conter os gastos públicos.

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“Confio na equipe econômica, confio que estamos no caminho certo e que, até maio, quando tiver a nova reunião do Copom e a nova ata, teremos condições de mostrar que o ambiente interno econômico do Brasil está melhorando e, consequentemente, teremos condições, se assim decidir o BC, de baixar as taxas de juros”, disse a ministra.

Queda do Ibovespa

O Ibovespa abriu o dia acima dos 100 mil pontos e vinha se sustentando neste patamar, entretanto, após a correção da projeção de déficit do governo Lula para 2023 realizada pela Ministra do Planejamento as ações de forma generalizada viraram para a queda. Na parte da tarde o Ibovespa chegou a perder os 97 mil pontos, se aproximando de valores do período do COVID-19.

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