O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, defendeu as invasões de terras realizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) como “instrumentos legítimos de pressão”.
Segundo ele, essas ações são parte da luta social e têm ajudado a destacar temas importantes, como a reforma agrária. Apesar disso, o ministro argumenta que, com o canal direto de negociação aberto pelo governo Lula, as ocupações seriam desnecessárias, pois há espaço para diálogo e resolução de demandas sem a necessidade de invasões.
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A relação entre o governo e o MST tem enfrentado momentos de tensão, especialmente nos meses de março e abril, quando houve um aumento significativo no número de ocupações. Parlamentares chegaram a criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as ações do movimento, mas o relatório final não foi votado. O MST também criticou o ritmo lento da reforma agrária de Lula e cobrou o assentamento de 100 mil famílias que permanecem acampadas pelo país.
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Em abril de 2025, durante o tradicional “Abril Vermelho”, o MST intensificou suas ações com ocupações em diversos estados como Minas Gerais, Pernambuco e Paraíba. O movimento busca pressionar o governo Lula por avanços na reforma agrária e pela adoção de medidas mais abrangentes para atender suas reivindicações.
Essa mobilização ocorre em um contexto de insatisfação com a gestão atual, que o MST considera insuficiente para atender às demandas do campo.
Enquanto isso, governadores e parlamentares alinhados à direita têm criticado as invasões. Alguns defendem tolerância zero contra os ocupantes e até sugerem medidas mais duras para lidar com os conflitos. O governo federal tem pedido calma ao movimento, justificando limitações orçamentárias e ressaltando que o programa de reforma agrária estava paralisado desde gestões anteriores.