O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Jhonatan de Jesus, provocou forte reação no setor financeiro ao questionar a decisão do Banco Central (BC) de liquidar extrajudicialmente o Banco Master. A medida, considerada uma das mais severas do sistema bancário, foi classificada pelo ministro como “precipitada” e levou o TCU a exigir explicações formais em até 72 horas, seguindo a escola do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
Contexto da decisão
- O Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master, controlado pelo empresário Daniel Vorcaro, em novembro de 2025.
- A decisão foi tomada após problemas de solvência e dificuldades na venda da instituição para o Banco de Brasília (BRB).
- O processo de liquidação encerra as atividades do banco e transfere a administração para interventores nomeados pelo BC.
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Intervenção do TCU
- O ministro Jhonatan de Jesus determinou que o BC apresente, em até 72 horas, os fundamentos da decisão.
- Ele levantou a hipótese de “precipitação” e sugeriu que a autoridade monetária pode ter agido sem esgotar alternativas menos drásticas.
- A medida do TCU foi considerada inusitada, já que o tribunal não possui competência direta sobre decisões regulatórias do BC.
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Repercussão no mercado
- A intervenção gerou constrangimento institucional e preocupação entre economistas e investidores.
- Entidades representativas do setor, como a Febraban, defenderam a autonomia do Banco Central e afirmaram que a força do sistema bancário depende da credibilidade do regulador.
- O episódio aumentou a tensão entre órgãos de controle externo e a autoridade monetária, em um momento de fragilidade para o Banco Master e seus clientes.
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Outros desdobramentos
- Além da pressão do TCU, o caso ganhou contornos políticos: o ministro do STF Alexandre de Moraes teria feito contatos com o presidente do BC, Gabriel Galípolo, para discutir alternativas em favor do Banco Master.
- O processo de liquidação segue sob análise, mas a possibilidade de suspensão por medida cautelar do TCU trouxe incerteza adicional ao mercado financeiro.
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O ataque do ministro do TCU ao Banco Central sobre o caso Banco Master expôs uma disputa institucional rara, que coloca em xeque a autonomia da autoridade monetária. A exigência de explicações em prazo curto e a suspeita de precipitação ampliaram a insegurança no setor financeiro, reforçando a necessidade de clareza e firmeza nas decisões regulatórias.






















