Patrocinado

O Goldman Sachs alertou nesta sexta-feira, 18, em relatório que a economia brasileira está “fora de sincronia” e exige um ajuste fiscal permanente para evitar desequilíbrios domésticos e externos. “Nos últimos anos, o macro brasileiro tem se desviado gradualmente tanto do equilíbrio interno quanto externo: inflação alta acima da meta, expectativas de inflação desancoradas, aumento da dívida pública e erosão do saldo em conta corrente”, afirma um trecho do relatório.

LEIA: STF cala Bolsonaro e determina uso de tornozeleira eletrônica e toque de recolher

Segundo o banco, esse cenário combina política fiscal frouxa com política monetária apertada, o que fortalece o real no curto prazo, mas tende a fragilizar a moeda mais adiante.

De acordo com o documento, somente o aperto dos juros não será capaz de recolocar a inflação na meta nem de conter o déficit em transações correntes. A instituição ressalta que “será necessário muito mais do que apenas o aperto da política monetária para garantir simultaneamente baixa inflação e equilíbrio externo.”

MAIS: Defesa de ex-assessor de Bolsonaro aponta responsável brasileiro por fraude em registros nos EUA..

Saiba como conseguir sua segunda residência em outro país e como proteger seu patrimônio do Brasil, tendo outra residência fiscal. Entre no telegram Clique aqui. Estamos formando o grupo e em breve colocaremos todos os detalhes neste canal.

LEIA: Ex-presidente mais premiado do BC afirma que IOF não é imposto para punir ricos, encarece o processo produtivo e afeta todo o país

Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui. Acompanhe-nos pelo Canal do Whastapp. Clique aqui

VEJA: Argentina da show em diplomacia, tem tarifa zero para exportar aos EUA. Enquanto Brasil recebe a maior tarifa do mundo

Na avaliação do Goldman, o remédio passa por um “grande e permanente ajuste fiscal estrutural”, que reduza a absorção doméstica, contenha a alta de preços e mantenha o déficit externo em nível sustentável. Esse mix de medidas, afirma o relatório, resolveria o chamado problema de atribuição ótima entre política monetária e fiscal descrito por Robert Mundell (1962).

MAIS: Lula transforma o Brasil em um dos únicos países a não negociar tarifas com Trump. Até mesmo a China protege seu país e negocia

Enquanto o governo Lula não sinaliza cortes de gastos ou aumento de receitas capazes de gerar superávits primários, o ônus recai sobre o Banco Central, afirmam os economistas. Porém, adverte o documento, “taxas reais altas são indiscutivelmente necessárias no curto prazo, mas não são o remédio que curará a economia no médio prazo se o equilíbrio fiscal não se deslocar para superávits primários estruturais.”

LEIA: Lula é desaprovado por 53% dos brasileiros, e 49% dizem que o presidente não é bem intencionado, segundo pesquisa divulgada

A incerteza sobre quando e como ocorrerá a consolidação das contas públicas mantém elevado o prêmio de risco nos títulos de médio e longo prazo, ressalta o Goldman. Até que haja clareza sobre a trajetória fiscal, os investidores devem continuar exigindo retorno maior para financiar o Tesouro.

Receba conteúdo exclusivo sobre os temas de seu interesse! Confirme em sua caixa de e-mail sua inscrição para não perder nada