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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez 44 autorreferências no despacho que autorizou a Operação Contragolpe, deflagrada pela Polícia Federal na última terça-feira (19). A ação visou prender suspeitos de planejar um suposto golpe de Estado em 2022, incluindo o suposto assassinato de Moraes, que figura como juiz e personagem central do caso.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, Moraes não comentou se pretende se declarar impedido na ação, mesmo sendo alvo direto do suposto plano investigado, que nada mais passou de um plano.

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Autorreferências no Documento
Em um dos trechos, Moraes reproduz o relatório policial que aponta monitoramento contra ele:

“A investigação logrou êxito em identificar novos elementos de prova que evidenciaram a efetiva realização de atos voltados ao planejamento, organização e execução de ações de monitoramento do ministro Alexandre de Moraes.”

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Outro trecho trata do plano de neutralização:

“Mário Fernandes elaborou um detalhado planejamento operacional que tinha como objetivo executar o ministro Alexandre de Moraes e os candidatos eleitos Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho.”

Ameaças de Enforcamento e Escândalo Vaza Toga
Em janeiro, Moraes declarou ao Globo que manifestantes em 8 de janeiro defendiam que ele fosse “preso e enforcado na Praça dos Três Poderes”.

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“Eram três planos. O primeiro previa que as Forças Especiais me prenderiam e me levariam para Goiânia. No segundo, se livrariam do corpo no caminho. O terceiro, de uns mais exaltados, previa prisão e enforcamento na Praça dos Três Poderes.”

Apesar de ser figura-chave nos casos que relatou, Moraes não se declarou impedido. Relator de inquéritos sigilosos como o das fake news, ele utilizou relatórios do TSE, que presidia à época, para fundamentar decisões duras, como quebra de sigilo bancário e apreensão de passaportes de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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Defesas e Críticas
As mensagens reveladas pela Folha sobre sua atuação deram origem ao escândalo “Vaza Toga”. Moraes justificou suas ações como necessárias:

“Seria esquizofrênico oficiar para si mesmo”, afirmou, referindo-se ao uso do TSE para embasar inquéritos no STF.

Colegas como Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes saíram em defesa de Moraes, enquanto críticos apontam uma concentração de poderes incompatível com a isenção esperada no Judiciário.

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