A defesa do X afirmou que seguiu prontamente todas as “orientações recebidas” do Supremo Tribunal Federal (STF) para pagar as multas impostas pelo ministro Alexandre de Moraes e voltou a pedir o desbloqueio imediato no Brasil na noite desta sexta-feira (4).
Mais cedo, Moraes disse que os R$ 28,6 milhões em multas foram depositados pela empresa em uma conta judicial errada. O dinheiro foi transferido para a Caixa Econômica Federal, mas o ministro apontou que o montante deveria ter sido depositado na conta do Banco do Brasil vinculada ao processo.
MAIS: Ministério da Saúde de Lula tem distorção contábil de R$ 44 bilhões segundo CGU
Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui. Acompanhe-nos pelo Canal do Whastapp. Clique aqui.
AINDA: Pablo Marçal apresenta documento sobre dependência química de Boulos
O magistrado ordenou que a Caixa corrija a transferência e determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) diga se concorda ou não com a liberação da plataforma. Só depois disso, Moraes deve decidir sobre o caso.
Segundo os advogados, o “X Brasil jamais foi intimado a efetuar o referido pagamento por meio de depósito na conta vinculada a estes autos (Banco do Brasil – código 0001;
agencia 1607-1, conta 170500-8)”.
“Pelo contrário, o mesmo foi realizado por meio do pagamento de guia de depósito emitida pela Caixa Econômica Federal (CEF) de acordo com as orientações recebidas deste Supremo Tribunal Federal”, ressaltaram.
A empresa reforçou que pagou as multas e cumpriu as exigências do ministro. Com isso, pediu o desbloqueio imediato “sem a necessidade de prévia oitiva” da PGR.
“Tendo sido certificado e comprovado o pagamento integral das multas estipuladas por Vossa Excelência, é certo que restou preenchida a única condição remanescente para o desbloqueio da plataforma do X em território nacional”, disse a plataforma.
A rede social pediu ainda que Moraes notifique a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para suspender o bloqueio em todo o Brasil.
LEIA: GSI de Lula tem carro roubado em São Bernardo do Campo
“Em se tratando da transferência de tais valores da Caixa Econômica Federal para o Banco do Brasil mera providência administrativa a ser realizada pela própria Caixa Econômica Federal, requer seja incontinenti [imediatamente], sem o encaminhamento dos autos à Procuradoria-Geral da República para manifestação (providência cuja necessidade não foi anteriormente aventada), determinado o desbloqueio imediato da plataforma X em território nacional”, disse a defesa.
Pelas redes sociais os questionamentos são de que o magistrado só irá liberar a plataforma X após o resultado do pleito eleitoral municipal que ocorre neste final de semana, como forma de controlar melhor as informações sobre o tema no Brasil.
Novas exigências de Moraes geram impasse sobre desbloqueio do X
A rede social de Elon Musk está fora do ar no Brasil desde 30 de agosto. Nas últimas semanas, o X cumpriu as demandas de Moraes com o pagamento das multas (inicialmente estipuladas em R$ 18,3 milhões, depois elevadas para R$ 28,6 milhões); a nomeação de uma representante legal no país; e o bloqueio de perfis de investigados pela Corte.
SAIBA: Candidato à prefeitura do PT tem material de campanha apreendido junto com R$255 mil em dinheiro
Nesta sexta (4), a plataforma encaminhou o comprovante de pagamento das multas, mas o ministro considerou que o valor foi depositado na conta errada e pediu também um parecer da PGR sobre o caso.
Os advogados ressaltaram que, na decisão anterior, Moraes “determinou exclusivamente o pagamento das referidas multas” para que o X “retorne imediatamente às suas atividades em território nacional, sem a necessidade de prévia oitiva da Procuradoria-Geral da República”.
MAIS: “Presidentes de Senado e Câmara podem ganhar ministérios no governo Lula em 2025”