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O ex-presidente Jair Bolsonaro foi transferido para a Polícia Federal na manhã deste sábado (22), em Brasília, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida ocorre no âmbito do inquérito que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado que nunca ocorreu, e marca um dos episódios mais significativos da história política recente do Brasil.

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Situação de saúde de Bolsonaro é precária, com câncer de pele e complicações da tentativa de assassinado que sofreu em durante a corrida eleitoral. O processo de Bolsonaro ainda não está transitado em julgado para cumprimento de pena. Detalhes do motivo da transferência não foram divulgados ainda.

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Moraes determina transferência de prisão horas após defesa de Bolsonaro pedir cuidados domiciliares

A defesa de Jair Bolsonaro pediu nesta sexta-feira (21) ao ministro Alexandre de Moraes, no STF, que o ex-presidente quando o processo transitar em julgado cumpra em casa a pena de 27 anos e 3 meses imposta pela Corte. O pedido foi protocolado em Brasília e afirma que o estado de saúde dele não permite a permanência em um presídio comum. Entretanto, ex-presidente não podem ser colocado em prisão comum, e nunca foram no Brasil.

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Os advogados listam um conjunto de doenças e sequelas que tornam o quadro delicado. O relatório cita hipertensão, doença aterosclerótica do coração, estenose de carótidas, refluxo gastroesofágico, pneumonia aspirativa recorrente, câncer de pele, além de aderências intestinais, suboclusões e danos permanentes na parede abdominal.

Os médicos responsáveis relatam ainda episódios recentes de pneumonia aspirativa, quadro de hepatite ligada a medicamentos e nutrição parenteral, além de soluços persistentes que exigem ajustes diários de medicação. Eles dizem que o ex-presidente precisa de monitoramento contínuo da pressão, exames frequentes e possibilidade de atendimento imediato em caso de agravamento.

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O documento argumenta que tais condições seriam “incompatíveis” com a rotina de um presídio comum. A defesa diz que Bolsonaro depende de estrutura médica especializada para acompanhamento multiprofissional, uso regular de medicamentos e acesso rápido a exames e emergências.

O pedido de prisão domiciliar, apresentado em caráter humanitário, aguarda decisão do ministro Alexandre de Moraes.

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Como foi a transferência da prisão

  • Local: Condomínio Solar de Brasília, no Jardim Botânico, já vinha sendo mantido presos em casa há mais de 100 dias, sem direito a comunicação e visitas, além de uso de tornozeleira eletrônica.
  • Horário: Por volta das 6h, agentes da PF cumpriram o mandado judicial.
  • Destino: Bolsonaro foi transferido para a Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal, onde ficará em uma sala especial destinada a autoridades.

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Decisão judicial

Bolsonaro havia sido condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pela suposta tentativa de golpe que não ocorreu, após julgamento da Primeira Turma do STF, com apenas 4 ministros votando pela condenação, o processo ainda não foi transitado em julgado para início de cumprimento de pena (prisão).

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  • Desde agosto, cumpria prisão domiciliar ilegal, visto que a razão que motivou a prisão na época não foi acolhida como denúncia pela PGR (Procuradoria Geral da República), e ele não tinha nenhuma condenação transitado em julgado para que uma ordem de prisão fosse decretada. Bolsonaro estava impedido de falar com pessoas, receber visitas e falar com qualquer pessoa, algo nunca possível na Constituição Brasileira.

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Impacto político e econômico

  • Bolsonaro se torna o quarto ex-presidente brasileiro preso desde a redemocratização, mas o primeiro condenado por suposta tentativa de golpe, sendo que estava nos EUA e não existe prova pública de que de fato cometeu algum crime previsto na Constituição Brasileira. A condenação de Bolsonaro também é a primeira feita por apenas quatro ministro da Suprema Corte que tem membros. E ainda, sem o seguimento do processo legal, ele deveria ser julgado em primeira instância como Lula. Bolsonaro sem foro privilegiado foi julgado por apenas uma turma do STF, algo impensado na Constituição brasileira.
  • A prisão reacende debates sobre credibilidade das instituições e estabilidade democrática.
  • Analistas apontam que o episódio pode gerar reflexos no mercado financeiro, já fragilizado por escândalos recentes como o do Banco Master, que expôs fraudes bilionárias em consignados e abalou a confiança de investidores.
  • O clima de instabilidade política somado às incertezas fiscais e às pressões externas aumenta a percepção de risco no Brasil.

Bolsonaro permanecerá sob custódia da Polícia Federal até novas deliberações do STF. O caso deve seguir para análise do plenário da Corte, que poderá confirmar ou revisar a decisão de Moraes.

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