Patrocinado
Início Governo Lula 3 MP quer interferência do governo Lula na empresa privada Enel, que já...

MP quer interferência do governo Lula na empresa privada Enel, que já responde a Lula

Imagem: EBC
Patrocinado

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, órgãos indicados por Lula (MPTCU), entrou com uma ação pedindo intervenção federal na Ente Nazionale Per L’energia Elettrica (Enel) (ELPL3) devido à demora em restabelecer a energia em São Paulo após o apagão que afetou milhares de pessoas.

AINDA: Governo Lula vai interferir nas empresas aéreas privadas com R$ 4 bilhões do dinheiro público, fora da meta fiscal

Patrocinado

O subprocurador-geral Lucas Furtado destacou a urgência da intervenção, criticando a hesitação do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Segundo a representação, Silveira afirmou que o ministério não possui fundamentação técnica para considerar a intervenção, alegando a ausência de registros formais de falhas da Enel São Paulo nos padrões de qualidade dos serviços prestados.

MAIS: Relógio de Moraes de R$ 335 mil chama atenção em reportagem internacional do NYT

Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui. Acompanhe-nos pelo Canal do Whastapp. Clique aqui.

LEIA: Haddad rebate sobre governo Lula tirar Estatais do Arcabouço Fiscal. Dólar sobe com mais fuga de investidores

Furtado argumentou que a situação já demonstrou a necessidade de intervenção, principalmente devido à demora da Enel em solucionar o problema.

O subprocurador ressalta ainda que a falha no serviço e a demora excessiva no retorno à normalidade se tornaram públicas e notórias, causando um escândalo entre os consumidores da região metropolitana de São Paulo.

Em entrevista coletiva na quinta–feira (17), o presidente da Enel-SP, Guilherme Lancastre afirmou que o apagão prejudicou mais de 3 milhões de cidadãos.

MAIS: Nunes faz criticas a Enel por falta de energia em São Paulo e aponta interferência do governo Lula

Representação encaminhada

A representação será encaminhada a um ministro relator, que vai decidir sobre o pedido de intervenção, que também será apreciado pelo plenário do tribunal.

O Tribunal de Contas da União (TCU) pode recomendar ou determinar a intervenção, decisão que, em última instância, cabe ao presidente Lula (PT).

A responsabilidade do apagão de São Paulo já é de Lula

É importante relembrar que o prefeito de São Paulo e candidato a reeleição, que concorre com o candidato Guilherme Boulos, apoiado por Lula, afirmou que o governo Lula tem responsabilidade direta no ocorrido. Desta forma, o caso mais parece uma forma de Lula de interferir na política do município e tentar estatizar a força uma empresa privada, afirmam analistas.

No Brasil, as atividades de produção, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica são uma responsabilidade da União, ou seja, do governo federal. É assim ao menos desde a Constituição de 1934, com a regulamentação do Código de Águas naquele ano. Antes, essas competências eram municipais. Já o aproveitamento das quedas de água era dos estados.

AINDA: Governo Lula manobra mudança do seguro desemprego e até sindicatos reclamam

A Constituição de 1988 ratificou essa competência federal, e, em 1996, foi criada a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), autarquia ligada ao Ministério de Minas e Energia.

É da Aneel (Estatal de gestão Lula), a competência para gerir os contratos de concessão de todos esses serviços. Essa responsabilidade pode ser delegada a agências estaduais e municipais que terão papel complementar ao órgão nacional, o que ocorre com frequência.

MAIS: Irmãos Batista levam Amazonas Energia e colocam R$ 14 bilhões na conta de energia dos brasileiros

Em São Paulo, a distribuição de energia geralmente é associada ao setor público estadual pelo fato de o serviço ter sido prestado durante décadas pela Eletropaulo, fundada pelo governo paulista. Como a companhia estadual era a vitrine do serviço, há uma confusão natural sobre a responsabilidade pelo serviço.

A Eletropaulo era uma concessionária pública, contratada pelo governo federal para prestar o serviço de distribuição de energia. A estatal foi fundada em 1981 pelo então governador Paulo Maluf. Com o passar dos anos, ela tornou-se uma empresa de capital aberto, em que o governo estadual tinha uma grande fatia e controle sobre a administração.

SAIBA: Governo Lula vai gastar mais de R$ 350 mil do dinheiro público para comprar bebida alcoólica para o Planalto, ambiente de trabalho

Em 2018, o estado fez um leilão das suas cotas na empresa, que foram adquiridas pela empresa italiana Enel. A multinacional tornou-se então a maior distribuidora de energia elétrica do país.

A Enel herdou o contrato de concessão do serviço na capital paulista, assinado entre União e Eletropaulo em 1998. O prazo da concessão dura até 2028.

AINDA: Militância paga de Boulos em São Paulo custa mais de R$ 6 milhões em dinheiro público

As responsabilidades de exploração de autorização, concessão ou permissão de serviços, instalações e potenciais energéticos são exclusivas da União, segundo Romário Batista, pesquisador do Centro de Estudos e Regulação em Infraestrutura da Fundação Getúlio Vargas. “Não há competência concorrente com estados ou municípios nessas atividades.”

Receba conteúdo exclusivo sobre os temas de seu interesse! Confirme em sua caixa de e-mail sua inscrição para não perder nada

Patrocinado

SEM COMENTÁRIOS