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Após 24 anos no poder, Bashar al-Assad renunciou à Presidência da Síria neste domingo e fugiu para Moscou, onde recebeu asilo político concedido pelo governo russo. A confirmação do paradeiro do ex-líder foi feita por uma fonte do Kremlin, ouvida pela agência estatal Tass, após rumores sobre sua fuga.

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“Assad e sua família chegaram a Moscou. A Rússia, por razões humanitárias, concedeu-lhes asilo”, declarou a fonte, que preferiu não se identificar.

Nas ruas da Síria, soldados e civis comemoraram a queda do regime, um marco no colapso de um governo que por décadas parecia inabalável. A ofensiva liderada por grupos rebeldes, com destaque para o Hayet Tahrir al-Sham (HTS), culminou na tomada de Damasco após uma campanha fulminante de menos de duas semanas.

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Os confrontos se intensificaram com a retomada dos combates no noroeste da Síria, e os rebeldes avançaram rapidamente pelas principais cidades do país. Aleppo foi a primeira a cair, seguida por Hama e Homs, até que a capital sucumbisse à ofensiva.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), com sede no Reino Unido, já havia relatado a fuga de Assad quando os rebeldes entraram em Damasco, mas a confirmação oficial só veio com o comunicado do Kremlin.

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Bashar al-Assad assumiu a presidência em 2000, após a morte de seu pai, Hafez al-Assad, que governou o país por 30 anos. A ascensão de Bashar foi resultado de uma tragédia familiar: em 1994, seu irmão mais velho e herdeiro natural, Bassel al-Assad, morreu em um acidente de carro.

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Na época, Bashar vivia em Londres, onde havia se formado em oftalmologia no Western Eye Hospital. Sua vida pacata na capital britânica foi interrompida pela convocação do pai, que o trouxe de volta à Síria para prepará-lo como sucessor. Bashar ingressou no Exército e iniciou sua formação militar antes de entrar na política.

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O regime de Assad enfrentou desafios desde o início, mas sobreviveu graças ao apoio de aliados como Rússia, Irã e Hezbollah. No entanto, a Primavera Árabe, que eclodiu em 2011, trouxe protestos massivos à Síria, desencadeando uma guerra civil que se arrastou por mais de uma década.

Durante esse período, Assad foi acusado de crimes contra a humanidade e de liderar uma repressão brutal que resultou em centenas de milhares de mortes e milhões de refugiados. Apesar disso, ele conseguiu manter-se no poder até 2024, quando a pressão interna e externa tornou insustentável sua permanência no cargo.

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