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Grupo de elite do Exército estadunidense que atuou na Guerra Ao Terror e na morte do líder terrorista Osama Bin Laden, os chamados “Night Stalkers” (Caçadores Noturnos) foram vistos no mar do Caribe recentemente, estimulando rumores de que o país norte-americano estaria planejando intervir na Venezuela.

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A aparição foi divulgada pelo jornal The Washington Post na última semana. Segundo o periódico, aeronaves do esquadrão foram flagradas realizando um treinamento militar a menos de 150 km da costa venezuelana no início de outubro, próximas a plataformas de petróleo e gás.

Mas por que a aparição do grupo na região é tão significativa? A resposta está na origem e no propósito militar do esquadrão.

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QUEM SÃO OS NIGHT STALKES
Chamados oficialmente de 160º SOAR (Regimento de Aviação de Operações Especiais), os Night Stalkers surgiram na década de 1980, com o objetivo de atuar em operações noturnas de alta complexidade, embora também trabalhe em missões durante o dia com grande desempenho. Sua sede fica em Forte Campbell, no Kentucky.

A aparição no mar do Caribe suscitou atenção porque o esquadrão é acionado quando há missões de alto risco e importância em jogo. Em 2011, por exemplo, a unidade atuou na operação que resultou na morte do fundador e líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden, em seu esconderijo no Paquistão.

Autor do livro The Night Stalkers: Missões Ultrasecretas do Regimento de Aviação de Operações Especiais do Exército dos EUA, Steven Hartov compara os integrantes do grupo como “pilotos Fórmula 1 da aviação”.

– Sinceramente, acho que essas pessoas são os melhores pilotos de asas rotativas do mundo? Eles são os pilotos de Fórmula 1 da aviação. Eles basicamente entregam forças especiais e as extraem para lugares impossíveis à noite. Quando há uma missão que parece impossível devido à localização ou às defesas do inimigo, seja extrair um alvo de alto valor ou eliminar um alvo particularmente perigoso, os Night Stalkers são os únicos que podem cumprir a missão – disse Hartov ao jornal The Guardian.

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O esquadrão é composto por helicópteros de ataque pesados, como o MH-60 Black Hawk e o MH-47 Chinook, mas também conta com aeronaves mais leves, como o MH-6 e o AH-6 Little Bird, além de uma divisão focada em drones e reconhecimentos de inteligência. O grupo, que inclui mulheres desde 2014, é integrado por aviadores, chefes de tripulação e também soldados de apoio, com treinamentos de navegação, terrestre, combate, armas, primeiros-socorros e trabalho em equipe.

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“EXERCÍCIOS PREPARATÓRIOS”
Uma fonte do governo estadunidense confirmou a presença dos helicópteros da unidade na região, afirmando que o esquadrão estava realizando exercícios de treinamento preparatórios.

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A movimentação coincide com a operação militar deflagrada pelos EUA na região com o objetivo de combater o tráfico de drogas. Diversas embarcações venezuelanas – e também colombianas – foram atacadas sob a justificativa de que portavam entorpecentes.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusa o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, e o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, de serem líderes de grandes organizações de tráficos de drogas.

Segundo reportou o jornal The New York Times, o chefe da Casa Branca autorizou a CIA (Agência Central de Inteligência) a realizar operações letais na Venezuela e no Caribe que podem levar à derrubada do regime Maduro. A informação teria sido obtida junto a fontes do governo norte-americano. Ainda não se sabe, porém, se a agência já estaria adotando alguma ação, ou se estaria elaborando apenas um plano de contingência.

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