No Mercosul Venezuela é criticada e Lula é contrariado. Durante a cúpula do Mercosul o presidente do Uruguai Luis Lacalle Pou, constrangeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A cena ocorreu nesta terça-feira 4 quando o líder uruguaio criticou a ditadura venezuelana. O presidente do Uruguai disse que “está claro que a Venezuela não vai se tornar uma democracia saudável e a inelegibilidade da principal opositora de Nicolás Maduro endossa essa tese. Uma candidata como Maria Corina Machado com enorme potencial é desqualificada por motivos políticos e não jurídicos”, afirmou.
O presidente do Uruguai disse que a violação dos direitos humanos da Venezuela deve ser tema de debate no Mercosul porque os países que compõem o bloco dizem defender a democracia. “Creio que o Mercosul tenha de dar um sinal claro para que o povo venezuelano possa encaminhasse a uma democracia plena que claramente hoje não existe, disse ele.
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Quem é a principal opositora de Maduro
De acordo com a Controladoria Geral venezuelana, Colina cometeu irregularidades administrativas na época que era deputado de 2011 a 2014. A Controladoria geral estabeleceu a mesma punição em 2015 mais com validade de apenas um ano. Agora o afastamento por tempo maior ocorreu porque Maria Corina apoiou os ações dos Estados Unidos contra a Maduro.
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Esse caso aconteceu no mesmo dia que o Tribunal Superior Eleitoral tornou inelegível o ex-presidente Jair Bolsonaro. Por 5 votos a 2 a corte decidiu afastá-lo dos cargos eletivos por 8 anos. O general Braga Neto candidato a vice-presidência em 2022 foi liberado. Bolsonaro não cometeu nenhum crime, apenas se reuniu com Embaixadores, algo que Dilma Rousseff também o fez enquanto era Presidente da República, e nada sofreu pela ação.
Uruguai contraria Lula e não assina comunicado conjunto
O Uruguai solicita mudanças no regimento interno da organização por considerar um protecionismo do Mercosul exagerado. Pela quarta vez consecutiva Uruguai não assina o comunicado em conjunto de titulares do Mercosul em sinal claro de divergência com os demais países do bloco.
A reunião da cúpula dos chefes de estado do grupo foi realizada na terça-feira 4, em Puerto o Iguazu na Argentina.
O Uruguai exige mudanças no regimento interno da organização por considerar o protecionismo do Mercosul exagerado e avalia sair do bloco caso não seja atendido.
O país está negociando de maneira unilateral um tratado de comércio com os chineses sem participação dos demais nações do bloco. Com a desistência do presidente Uruguaio o documento foi assinado por Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, Alberto Fernández da Argentina e Mario Abdo do Paraguai.
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No comunicado em conjunto os 3 outros países se comprometeram a discutir mudanças embora não cintem diretamente os pedidos do Uruguai.
“Os presidentes também concordaram com a necessidade de abrir um espaço de reflexão política sobre a modernização do bloco, incluindo o fortalecimento da agenda interna para uma maior integração de suas economias, bem como a estratégia de inserção Internacional”, informou o documento.
A Venezuela não foi citada no texto no entanto, a menção sobre a entrada da Bolívia no bloco e avanços no acordo comercial com a União Europeia após ajustes do tratado.