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Nova política de dividendos da Petrobras é anunciada. A Petrobras (PETR4) comunicou nesta sexta (28) que seu conselho de administração, em reunião realizada, aprovou por maioria a nova política de dividendos, com aprimoramento da Remuneração aos Acionistas. O pagamento continua a ser aplicado sobre o fluxo de caixa livre e trimestral, permitindo recompra de ações.

O porcentual foi reduzido de 60% para 45%, cinco pontos porcentuais a mais do que vinha sendo especulado no mercado que era 40%.

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Em meados de maio o Conselho da Petrobras determinou com base nas diretrizes de Lula que a diretoria executiva elaborasse proposta de aperfeiçoamento da política de dividendos, incluindo a possibilidade de recompra de ações da estatal.

O aprimoramento da política tornou-se importante em razão da revisão dos elementos estratégicos para o Plano Estratégico 2024-2028 (PE 2024-28), bem como da aprovação do direcionador de investimento de baixo carbono entre 6% e 15% do Capex total para os cinco primeiros anos do PE 2024-28, segundo comunicado da companhia.

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As referências a valores específicos de dívida bruta da Petrobras foram substituídas pela expressão “nível máximo de endividamento definido no plano estratégico em vigor”, eliminando a necessidade de atualização da política numa eventual mudança de referência de endividamento. No plano atual, esse valor é de US$ 65 bilhões.

O conselho também aprovou que a companhia poderá adquirir suas próprias ações. Segundo o documento, eventuais valores alocados a programas de recompra de ações serão abatidos da fórmula da política de remuneração, com o desconto dos montantes gastos com recompra a cada trimestre, conforme reportado na demonstração dos fluxos de caixa do consolidado da empresa.

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“A política aprimorada possui vigência imediata e já será aplicada ao resultado do segundo trimestre de 2023 “, informou a estatal, reafirmando que o aperfeiçoamento das regras da remuneração aos acionistas “mantém seu objetivo de promover a previsibilidade do fluxo de pagamentos de proventos aos acionistas, ao mesmo tempo em que garante a perenidade e a sustentabilidade financeira de curto, médio e longo prazos”, afirmou.

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“Essa inclusão da recompra na política busca alinhar a Petrobras às suas principais pares internacionais, que vêm realizando robustos programas de recompra de ações, em complemento ao pagamento de dividendos”, informou a Petrobras na nota.

O tema vinha sendo tratado internamente por um comitê técnico da estatal, a pedido do conselho. A previsão era de que o estudo fosse concluído e entregue aos conselheiros da Petrobras no fim deste mês.

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A questão dos dividendos sempre foi vista como necessária para que a Petrobras eleve o volume de investimentos nos próximos anos, sobretudo em projetos para descarbonização e transição energética.

No início de junho, a estatal aprovou sua revisão para seu próximo plano estratégico, que deve vigorar de 2024 a 2028 e prevê investimentos de 6% a 15% em baixo carbono, ante 6% do plano anterior.

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Como fica o retorno dos dividendos da Petrobrás?

Segundo a equipe do Itaú BBA, no geral, as principais empresas petrolíferas pagam dividendos trimestralmente, e as que possuem política declarada consideram um percentual de seu fluxo de caixa operacional com métrica de referência. No entanto, existem algumas empresas que não possuem uma política formal, o que resulta em dividendos futuros a critério da diretoria.

Avaliando o cenário, os analistas projetam dividendos entre US$ 2,7 bilhões e US$ 3,5 bilhões, o que implica um dividend yield entre 3,3% e 4,3%.

No relatório desta quinta-feira (27), o Itaú BBA avaliou que a estatal deve entregar fortes resultados no 2T23, sustentada por sólidos números operacionais e um ambiente de preços que se mantém elevado para o petróleo e derivados.

Mas, como existe a preocupação e incerteza em torno da nova política de dividendos, a instituição manteve recomendação neutra para a empresa.

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