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A operadora da bolsa brasileira vive um período complicado com a estagnação do seu principal índice, o Ibovespa. Assim, a B3 informou na última quinta-feira (11) que o número de investidores (CPFs individuais) caiu 3,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

Em junho, o número de investidores chegou a 5,109 milhões, uma queda de 0,2% na base mensal. Vale dizer que, em maio, a empresa já havia registrado queda de 3,3% em relação ao mesmo mês de 2023.

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Com isso, o volume financeiro médio diário total em ações caiu 21,4% em um ano, para R$ 23,9 bilhões em junho. Em comparação ao mês anterior, o recuo foi de 3%.

O número de empresas listadas também recuou 1,1% na comparação anual e 0,7% em relação ao mês imediatamente anterior, atingindo o número de 439 companhias.

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Além do mau momento do Ibovespa, a falta de novas aberturas de capital (IPOs, em inglês) desde 2021 também contribui para a saída dos investidores.

Segundo dados do Trading View, o principal índice da B3 acumula queda de 4,39% em 2024, registrando leve alta de 0,70% em relação aos últimos três meses.

Até mesmo a possibilidade da chegada de uma nova bolsa no Rio de Janeiro entrou no radar dos investidores, aumentando a concorrência da hegemônica B3.

Não é difícil encontrar analistas que alertam para o fato de que a bolsa brasileira está barata há bastante tempo. Mas investidores conscientes entendem que o risco Brasil com os três poderes e a manipulação de mercado que vem ocorrendo, está favorecendo as instituições financeiras e não o pequeno investidor.

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Seja como for, neste mês, a bolsa brasileira segue invicta. São nove altas em nove pregões, registrando a melhor série positiva desde fevereiro de 2018. Em julho, o Ibovespa já avançava 3,52% após ser pressionado pelos atritos e política totalitária do governo federal. A Bolsa do Brasil está entre os piores resultados do mundo em 2024, em se tratando das Bolsas mais convencionais no mundo ela é a pio r de todas no ano.

Lei deve mudar os impostos para investidores

Já esta circulando pela Câmara dos Deputados projeto que pretende deixar os investimentos em Bolsa de Valores mais caros para o investidor.

Primeiro vamos entender como funciona hoje. Atualmente na bolsa de valores, se você compra e vende ações você precisará pagar imposto se tiver lucro. Entretanto, atualmente existe uma compensação para você não pagar imposto, e ela é bem simples. Se você investe em ações você pode negociar até R$ 20 mil em um único mês e estará isento de impostos.

Outra forma de isenção é quando você negocia ações que estão no prejuízo no mesmo mês que você realiza lucro. Assim é possível abater parte ou 100% do imposto que você iria pagar, compensando o prejuízo que você teve em outra operação.

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Entretanto, está em análise na Câmara dos Deputados um projeto de lei para substituir esta regulamentação atual e com ele você terá que pagar imposto em qualquer valor de investimento, e até mesmo quando tiver prejuízo.

Pelo debate esse novo imposto será de 0, 75 % sobre o volume negociado, este valor parece baixo, mas lembre-se, você pagará imposto em qualquer operação que você fizer então não importa se você teve lucro ou prejuízo. E não será apenas na venda mas também na compra, então nesta nova forma se negociar R$ 10 mil em ações você pagará R$7,50, nessa operação de imposto.

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Para o investidor inteligente que utiliza a isenção dos R$ 20 mil para melhorar seu retorno por mês ou mecanismo de compensação de prejuízo essa alteração será péssima. O próprio autor do objeto diz que o objetivo principal é aumentar a arrecadação do governo federal, que já está em nível recorde e ele gasta tanto que a dívida também só aumenta.

Para muitos analistas e também nós investidores, medidas como essas tornam o mercado brasileiro menos eficiente e menos competitivo frente ao resto do mundo, não é à toa que o número de CPFs na bolsa brasileira só cai.

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