Patrocinado

Edmundo González, opositor do ditador Nicolás Maduro, foi para a Espanha no último sábado (7). A partida do ex-candidato ocorreu uma semana após a ordem de prisão emitida pela Justiça da Venezuela.

LEIA: Maduro cerca embaixada da Argentina na Venezuela e revoga representação do Brasil na área

González, que estava refugiado na embaixada da Espanha na Venezuela, chegou ao país em um avião da Força Aérea Espanhola. As informações são de José Manuel Albares, ministro espanhol das Relações Exteriores.

Ainda de acordo com o Albares, o pedido de asilo político será processado e concedido pela Espanha. “O Governo de Espanha providenciou os meios diplomáticos e materiais necessários à sua transferência, efetuada a seu pedido”, afirma um breve comunicado publicado no site do ministério.

SAIBA: Imprensa internacional repercute manifestações pelo impeachment de Alexandre de Moraes

Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui. Acompanhe-nos pelo Canal do Whastapp. Clique aqui.

AINDA: Selic não representa juros pago pelo consumidor. Taxa de juro real ao consumidor é quase 40 vezes maior, entenda

O ministro das Relações Exteriores da Holanda, Caspar Veldkamp, relatou que o ex-candidato estava hospedado secretamente na embaixada holandesa em Caracas há mais de um mês. O mais provável é que, no dia 5, González teria ido para a residência da embaixada espanhola.

Especula-se que Lula negociou secretamente com a Espanha a ida do opositor de Maduro para o país, numa tentativa de ajudar Maduro a se legitimar no poder.

María Corina pede que Lula seja mais firme sobre situação da Venezuela
Na sexta-feira (6), María Corina Machado, líder da oposição, fez um apelo para que o presidente Lula adotasse uma posição mais firme contra o resultado das eleições da venezuelana. “Precisamos que a comunidade internacional, especialmente o Brasil e o presidente Lula, eleve suas vozes para que termine a repressão”, disse Machado, em entrevista à jornalista Andréia Sadi, GloboNews.

MAIS: Gestão Lula em menos de dois anos se aproxima de recorde de processos por assédio em órgãos públicos

As atas de votação da eleição presidencial comprovam que González venceu o pleito, mas a decisão do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela apontou que Maduro foi o vencedor. Posteriormente, a indicação do CNE foi ratificada pelo Tribunal Supremo de Justiça do país, que também está sob o comando de Maduro.

LEIA: Ditador da Nicarágua critica Lula e afirma, “lembre-se dos escândalos da Lava-Jato”

González não era a primeira opção para fazer oposição ao ditador. A coalizão Plataforma Unitária Democrática (PUD) escolheu o nome do ex-embaixador como candidato à presidência após o CNE barrar as candidaturas iniciais. Anteriormente, o órgão rejeitou as candidaturas de María Corina Machado, líder da coalizão, e Corina Yoris. Segundo as atas, González venceu as eleições com 80% dos votos.

Maria Corina afirma que Gonzáles está protegido na Espanha e assumira o governo em janeiro

Em suas redes sociais Marina Corina Machado vez um comunicado oficial ao povo da Venezuela no domingo 08 de setembro. Afirmou que Gonzáles está na Espanha pois sua vida estava em perigo. Ela afirma ainda que a tentativa do regime de Maduro de dar um golpe de Estado na soberania popular não se concretizará.

SAIBA: “É dever constitucional do governo Lula denunciar o atentado contra democracia e direitos humanos na Venezuela”, afirma Estadão

MAIS: Lula desfila sozinho em 7 de Setembro “quase sem povo”

Afirma ainda que ela permanece lutando contra o regime na Venezuela junto do povo até que em 10 de janeiro de 2025 Edmundo González Urrutía será juramentado presidente Constitucional da Venezuela e chefe das Forças Armadas Nacionais.

Veja a nota na íntegra:

A los venezolanos,

Edmundo González Urrutía, Presidente electo de Venezuela ha salido del país y se encuentra en España.

A partir de nuestra histórica victoria del 28 de julio de 2024, el régimen desató una brutal ola de represión en contra de todos los ciudadanos, calificada como terrorismo de Estado por la CIDH, la cual incluyó todo tipo de ataques contra el Presidente electo y su entorno.

Su vida corría peligro, y las crecientes amenazas, citaciones, orden de aprehensión e incluso los intentos de chantaje y de coacción de los que ha sido objeto, demuestran que el régimen no tiene escrúpulos ni límites en su obsesión de silenciarlo e intentar doblegarlo.

Ante esta brutal realidad, es necesario para nuestra causa preservar su libertad, su integridad y su vida.

MAIS: Imprensa internacional repercute manifestações pelo impeachment de Alexandre de Moraes

Esta operación del régimen y sus aliados, es una evidencia más de su carácter criminal, que los deslegitima y hunde, cada día más. Pero, una vez más, se equivocaron. Su intento de golpe de estado a la Soberanía Popular no se va a concretar.

El 10 de enero de 2025, el Presidente Electo Edmundo González Urrutía será juramentado como Presidente Constitucional de Venezuela y Comandante en Jefe de la Fuerza Armada Nacional.

Que esto quede muy claro a todos: Edmundo luchará desde afuera junto a nuestra diáspora y yo lo seguiré haciendo aquí, junto a ustedes.

Serenidad, coraje y firmeza!

Venezolanos, esta lucha es HASTA EL FINAL y la victoria es nuestra

Receba conteúdo exclusivo sobre os temas de seu interesse! Confirme em sua caixa de e-mail sua inscrição para não perder nada