Nesta sexta-feira (5), o metal precioso subiu 1,29%, para US$ 3.653,30 por onça-troy e renovou o maior nível histórico de fechamento, depois de subir à máxima intradia de US$ 3.655,50. Com isso, os ganhos na semana chegam a 4% e, no ano, são ainda maiores: 30%.
O gatilho dos ganhos de hoje foi o dado mais fraco de emprego dos EUA, que impulsionou expectativas por cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Você pode conferir aqui os detalhes do movimento dos mercados hoje.
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Investidores também monitoraram a demanda por bancos centrais e a desvalorização do dólar e dos yields (rendimentos) dos títulos do Tesouro dos EUA — que competem com o ouro como ativos considerados mais seguros.
Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos, avalia que o ouro sempre desempenhou um papel estratégico nos portfólios, mas agora assume uma função ainda mais relevante.
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“Historicamente, o ouro já era reconhecido como uma reserva de valor, mas neste ano ele ganhou protagonismo diante da escalada de riscos geopolíticos e da instabilidade de outros ativos”, afirma.

A recuperação do ouro
O ouro começou o dia em baixa, mas reverteu perdas e firmou ganhos na esteira do principal relatório de empregos dos EUA, o payroll. O documento mostrou criação de empregos abaixo da prevista e aumento na taxa de desemprego em agosto, levando o mercado a precificar 0,75 ponto percentual (pp) em cortes acumulados em 2025.
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Para o TD Securities, contudo, o mercado de trabalho norte-americano ainda não desacelerou o suficiente para desafiar as projeções de resiliência da macroeconomia. O banco de investimentos canadense pondera que isso deverá limitar a performance do ouro, mantendo os preços em nível elevado, mas pausando seu rali por algum tempo.
Já a Capital Economics aponta que a demanda de bancos centrais segue aumentando, citando como exemplo o BC da Polônia, que planeja ampliar suas alocações de reservas de ouro em 30%.
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“Com oferta limitada e sem ausência de compradores, os riscos para nossa projeção já acima do consenso para os preços do ouro continuam de alta”, afirma a consultoria britânica, prevendo que isso ajudará o ouro a ultrapassar a máxima histórica atual.