Durante o debate promovido nesta segunda-feira (30), pela Folha de S.Paulo e pelo portal UOL, Pablo Marçal (PRTB) disse, em declaração direcionada à candidata Tabata Amaral (PSB), que “mulher não vota em mulher, mulher é inteligente. se mulher votasse em mulher você ganharia no primeiro turno. Mas mulher tem sabedoria e experiência, ela olha para você sempre neste embate e não vota em você. Se fosse assim, pobre votaria só em pobre e negro votaria em negro”, explicou Marçal.
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A fala foi usada rapidamente de forma distorcida pelos adversários. O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) reagiu imediatamente, classificando a fala como preconceituosa e disparou: “Marçal insinuou que quem vota em mulheres teria menos inteligência. Lamentável. Triste ouvir isso de alguém que quer governar a maior cidade do Brasil”, afirmou o psolista.
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Contudo, Marçal afirmou apenas que as mulheres são inteligentes e não escolhem seus candidatos com base em gênero, cor ou classe social, pois se fosse assim Tabata ganharia no primeiro turno, visto o grande número de mulheres eleitoras. Ele explicou que as mulheres avaliam a capacidade do candidato para votar e escolhem com base nisto, em quem é viável ou não viável.
Em seguida, boa parte da mídia começou a veicular que Pablo Marçal proferiu fala “machista”, seguindo a afirmação de Guilherme Boulos e desconsiderando o contexto do debate.
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A jornalista Vera Rosa do Estadão, questionou a ministra sobre a fala distorcida de Marçal. A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Cármen Lúcia, resolveu há uma semana da eleição rebater nesta segunda-feira (30) a fala do candidato a prefeitura em São Paulo Pablo Marçal (PRTB) de que “mulher não vota em mulher”, exatamente como está sendo colocada pela imprensa, fora do contexto do debate e atribuída como machista.
Ao programa Roda Viva, da TV Cultura, ela falou que responderia a questão mas não especialmente sobre a pessoa e disse, “inteligente é a pessoa que acha que mulheres e homens são iguais em direitos e que tem o direito de participar numa sociedade em que 52% da população brasileira e 52% do eleitorado é de mulheres, afirmar que uma mulher não vota em mulher realmente seria além de qualquer dado fático.”
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