Será que Unilever Resiste as Investidas Determinadas?
Muito se cogitava sobre a próxima meta na mira de Lemann e seu fundo, já tratamos do assunto no portal em matéria anterior, a revelação foi feita. A 3G Capital, fundo de Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, Anunciou seu novo alvo, a gigante de produtos de consumo Unilever.
O fundo é conhecido por ser o dono da AB Inbev, mas é muito mais que isso. Nos últimos anos, construiu um império no setor de alimentos e bebidas, a partir de fusões de importantes concorrentes.
Em 2011, a 3G Capital comprou a rede de fast food Burger King por US$ 3,26 bilhões. Incluindo a dívida que a 3G assumiu, o valor do negócio subiu para US$ 4 bilhões.
Três anos depois, a Burger King adquiriu a canadense Tim Hortons, rede de cafés e donuts. A fusão criou uma empresa com receitas anuais estimadas de US$ 23 bilhões e 18 mil restaurantes em 100 países.
Em 2013, o megainvestidor Warren Buffet, a partir de seu fundo Berkshire Hathaway, se tornou parceiro do grupo brasileiro em uma nova operação. A Kraft se fundiu com a Heinz e as duas se tornaram a 5ª maior companhia de alimentos do mundo. A aquisição chegou a 56 bilhões de dólares.
Em 2016, mais uma operação chegou às manchetes. Em julho, a AB InBev anunciou a fusão com a SAB Miller. A compra de 108 bilhões de dólares criou o maior grupo de cerveja do mundo, responsável por 30% do mercado global.
Paulo Lemann com 3G Capital a Compra da Unilever por um Fio
Com uma aquisição de peso a cada dois anos, o mercado já aguardava uma nova proposta agressiva de aquisição. As especulações acabaram, com a negociação bilionária com a Unilever.
A fusão criaria uma nova líder global em alimentos, de acordo com a Euromonitor. Em alimentos embalados, a Unilever tem uma participação de mercado de 1,59% e a Kraft Heinz domina 1,40% do mercado. Juntas, elas ultrapassariam a Nestlé, que detém 2,85% do mercado, em faturamento, segundo a instituição.
A Kraft Heinz tem até o dia 17 de março para formalizar a proposta pela rival e espera continuar as conversas. Já a Unilever recusou a oferta inicial e falou que não há razões para negociações futuras.