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A pesquisadora de extremismos da USP (Universidade de São Paulo), Michele Prado escreveu para o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), explicando as denúncias que fez recentemente sobre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da primeira-dama Janja. “Mencionei as milícias digitais porque está cristalina a ação de influenciadores digitais agindo em bando para calar e assediar críticos da primeira dama e do Governo”.

O parlamentar a convidou para explicar suas denúncias na Comissão da Comunicação, contra a primeira-dama. O deputado publicou nas suas redes sociais o requerimento e disse “É de máxima importância ouvir e trazer luz a essas denúncias”.

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Por meio das redes sociais, a pesquisadora corrigiu a jornalista Daniela Lima, da Globo, que segundo a profissional cometeu fake news ao explicar sua pesquisa no noticiário, “A jornalista Daniela Lima da Globonews inseriu por conta própria a informação(FALSA) de que 31% dos discursos de sentimentos antigovernamentais e anti-institucionais (críticas a governos e instituições) eram DESINFORMAÇÕES e não classificamos isso”.

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E ainda disse “E a todos (e são muitos, de todos os espectros ideológicos) amigos, jornalistas, recomendo cuidado e atenção com a milícia digital criada pela 1º dama pois é um gabinete do ódio muito mais nocivo, virulento e preocupante pois pauta o debate público, imprensa e o governo”.

Michele chegou a se colocar como de direita, sob a influência de Luciano Ayan, e depois passou a atacar os conservadores, chegando a escrever um livro sobre a “Alt-right”. E assim foi recebida de braços abertos na esquerda radical. Mas bastou criticar Daniela Lima, da Globo, para ser demitida.

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“Eu era do grupo de pesquisa dessa pesquisa em específico mas fui desligada hoje após corrigir a jornalista e ela (Daniela Lima) foi no meu WhatsApp, na sexta-feira me insultar e fazer ASSÉDIO MORAL duas vezes”, acusa a pesquisadora.

A denúncia de Michele Prado é vista de forma gravíssima, assim como o próprio deputado Nikolas Ferreira classificou. Ela diz que a milícia digital é real, que eles (Governo Lula) pautam a academia, o debate público, a imprensa e o governo, além de fazer “raids de assédios online e cyberbullying o tempo todo”. Para a pesquisadora, quem estaria por trás desse gabinete da censura é ninguém menos do que Janja, esposa de Lula.

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Após as denúncias de Michele contra a esquerda, colegas de trabalho passaram a descrevê-la como “design de interiores”, como uma tentativa de desqualificá-la. Michelle ainda confessou que não fazia um trabalho sério enquanto denunciava a direita. “A ironia de tudo isso é que eu passei os últimos 5 anos sendo agredida e desqualificada, humilhada, difamada, caluniada e quando eu fiz justamente o rigor científico, perdi a fonte de renda que me ajudava a não passar sufoco com necessidades básicas pra minha filha e eu. Obrigada, Daniela Lima”.

Sobre o convite à Comissão de Comunicação, requisitado por Nikolas Ferreira, o parlamentar informou que a pesquisadora negou o convite, mas mantém o espaço aberto para ela ser ouvida. Mesmo sem a presença de Michele Prado, Nikolas afirma que a comissão “continuará atuando para averiguar estas condutas que são consideradas Gravíssimas”.

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Além da pesquisadora, o deputado também protocolou a convocação do ministro da Secretaria de Comunicação do governo, Paulo Pimenta “para que ele possa dar as devidas explicações”, um pedido de informações ao Ministério da Comunicação Social e uma representação à Procuradoria-Geral da República para que possa investigar estes fatos.

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