A Petrobras (PETR3;PETR4) divulgou resultado do terceiro trimestre de 2025 (3T25) nesta quinta-feira (6) e também apresentou pagamento de R$ 12,2 bilhões em dividendos, com um retorno próximo a 3% bem menor que os trimestres anteriores.
A petroleira registrou lucro líquido de US$ 6,02 bilhões, com alta de 2,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A receita líquida da petroleira ficou em US$ 23,5 bilhões no trimestre, com alta de 0,5% na comparação com o terceiro trimestre de 2024.
O lucro cresceu apesar de um recuo de 13,9% nos preços do petróleo, em relação ao terceiro trimestre de 2024.
Entre julho e setembro, a companhia registrou que o petróleo Brent, referência internacional, teve média de US$ 69,07. Na comparação com o segundo trimestre, houve alta de 1,8%.
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“Nos últimos doze meses, o Brent caiu US$11 por barril e nós conseguimos compensar este impacto na receita, elevando nossa produção de óleo para mais de 2,5 milhões de barris por dia, estabelecendo diversos recordes operacionais”, disse em nota Fernando Melgarejo, diretor financeiro e de Relacionamento com Investidores
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado ficou em US$ 11,7 bilhões, com alta de 2,2% em relação ao terceiro trimestre de 2024. Sem eventos exclusivos, o Ebitda ajustado ficou em US$ 11,9 bilhões, com alta ligeiramente maior, em 2,9%.
“Adicionalmente, o resultado foi favorecido pela elevação do preço do petróleo,
acompanhando a valorização de 2% do Brent, e pela redução das despesas operacionais, que no 2T25 foram impactadas por gastos relacionados ao Acordo de Individualização da Produção (AIP) da Jazida Compartilhada de Jubarte”, cita o documento sobre aumento de 16,8% no Ebitda ajustado.
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A companhia apresentou queda no fluxo de caixa operacional, que ficou 12,8% menor, em US$ 9,85 bilhões. O fluxo de caixa livre, por sua vez, recuou 27,6%, em US$ 4,96 bilhões.
Em 30 de setembro de 2025, caixa e equivalentes de caixa totalizaram US$ 9,0 bilhões e as disponibilidades ajustadas somaram US$ 11,7 bilhões.
Petrobras vendeu com preços mais altos no Brasil do que no exterior, mesmo assim não melhorou lucro na proporção devida
Apesar de a Petrobras vender combustíveis no Brasil acima do preço internacional, o lucro cresceu apenas 2,7% em um ano devido à queda global no preço do petróleo, aumento de custos operacionais e menor margem de refino.
Fatores que limitaram o crescimento do lucro
Mesmo com preços internos mais altos, o lucro líquido da Petrobras no terceiro trimestre de 2025 foi de R$ 32,7 bilhões, apenas 0,5% superior ao mesmo período de 2024. Isso se explica por diversos fatores:
- Queda no preço internacional do petróleo
- O preço do Brent caiu 13,9% em relação ao terceiro trimestre de 2024, ficando em média US$ 69,07 por barril.
- Como o petróleo é uma commodity, essa queda afeta diretamente a receita de exportações e a valorização dos ativos produzidos, mesmo com aumento de volume.
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Este caso ainda está sendo investigado, imp
- Aumento de custos operacionais
- A dívida líquida da Petrobras subiu 33,5%, atingindo US$ 59 bilhões, o que pode ter pressionado o resultado financeiro.
- Custos com manutenção, logística e investimentos em novas plataformas (como o FPSO Almirante Tamandaré) também impactam o lucro.
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- Margem de refino menor
- Embora a Petrobras tenha praticado preços acima do mercado internacional em parte do trimestre, a margem de lucro no refino pode ter sido comprimida por custos elevados e menor demanda interna.
- Além disso, a empresa tem buscado alinhar os preços ao mercado internacional com menor volatilidade, o que limita ganhos extraordinários.
- Eventos extraordinários
Sem considerar efeitos não recorrentes, o lucro teria sido R$ 28,5 bilhões, ou seja, uma queda de 6,1% em relação ao mesmo trimestre de 2024.
Investimentos
Os investimentos da petroleira somaram US$ 14 bilhões, com aumento de 28,6% em relação ao mesmo período de 2024. No 3T25, os investimentos somaram US$ 5,5 bilhões, um crescimento de 24,3% em comparação com o 2T25.
Na visão caixa, os investimentos totalizaram US$ 4,9 bilhões no 3T25 e US$ 12,9 bilhões no acumulado dos nove primeiros meses do ano. A frente que recebeu mais investimentos foi de Segmento Exploração e Produção, com total de US$ 4,7 bilhões.
Produção
Segundo a Petrobras, a produção do navio plataforma Almirante Tamandaré, o maior da companhia, atingiu 225 mil barris por dia (bpd) em agosto com apenas cinco poços produtores no campo de Búzios, três meses antes do planejado.
Em outubro, a unidade alcançou uma vazão instantânea recorde equivalente a 270 mil barris de óleo por dia, uma vez que a capacidade nominal da unidade foi incrementada sem a necessidade de novos investimentos, segundo a Petrobras.
Com isso, a petroleira estatal publicou em outubro que sua produção média no Brasil cresceu 18,4% no terceiro trimestre ante igual período do ano passado, permitindo um recorde de exportações da commodity pela estatal, que contou com o avanço operacional de outras novas plataformas e também um menor volume de paradas programadas.
A Petrobras produziu uma média de 2,52 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) no país entre julho e setembro. As exportações de petróleo da estatal somaram recorde 814 mil bpd no terceiro trimestre, alta de 36,1% ante o mesmo período do ano passado.



















