PF consegue autorização de Moraes para quebra de sigilo de Michelle, Bolsonaro e Cid. Embora Bolsonaro e Michelle não fossem o foco principal da recente operação relacionada às joias, o relatório da PF alega uma possível ligação direta de ambos com o caso. Entre as evidências, destaca-se o uso de avião público para transportar os bens destinados à venda nos EUA e mensagens que aludem a uma entrega “em mãos” de US$ 25 mil a Bolsonaro.
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As narrativas para tentar vasculhar a vida do ex-presidente Bolsonaro e a ex-primeira dama ocorrem desde de o início do mandato de Lula. Na quinta-feira,17, até mesmo a relatora da CPMI dos atos de 08 de janeiro, Eliziane Gama, aliada de Lula, afirmou que faria o pedido de quebra de sigilo, mesmo com Bolsonaro fora do país no período a que se refere a CPMI.
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, deu aval para a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sua esposa Michelle Bolsonaro, e do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência. A iniciativa foi confirmada por fontes da Record TV e atende a um pedido da Polícia Federal.
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Moraes também autorizou que o Ministério da Justiça e Segurança Pública solicite auxílio do FBI, por intermédio do Departamento de Justiça dos EUA, para contribuir na apuração.
Embora não exista nenhuma prova contra o ex-casal presidenciável que justifique a quebra de sigilo a mesma foi autorizada. De acordo com Moraes, os indícios apontam para uma “determinação” de Bolsonaro no suposto esquema. Em contrapartida, a defesa do ex-presidente se posicionou afirmando que ele “jamais se apropriou ou desviou quaisquer bens públicos”. Em nota, foi enfatizado que Bolsonaro, em março deste ano, devolveu ao Tribunal de Contas da União (TCU) joias como abotoaduras, anel, relógio e outros itens de luxo, “voluntariamente e sem que houvesse sido instado”.
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Magistrado da Suprema Corte discursa contra a direita
Em encontro com representantes da Justiça alemã na quarta-feira (16), o ministro do STF, Alexandre de Moraes, ressaltou a crescente ‘tentativa de desacreditar’ as instituições democráticas no Brasil, conforme publicado pelo jornal Estadão.
Moraes criticou um movimento de “populismo com base na ideologia de extrema direita”, que se aproveita de desinformação nas redes sociais para atacar a democracia. “Foi construída uma narrativa, baseada em falsas premissas, causando uma lavagem cerebral na população. O foco não é explicitamente acabar com a democracia, mas alegar que os instrumentos democráticos, como as eleições, estão sendo manipulados”, afirmou.
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É importante lembrar que de acordo com a Constituição Federal juízes não podem difundir ideologias politico partidárias. No mês anterior outro ministro da suprema Corte, Barroso, afirmou em evento político da União Nacional dos Estudantes: “Nós derrotamos o Bolsonarismo”.